Economia reconhece risco energético, mas mantém alta do PIB acima de 2% em 2022
Várias instituições financeiras importantes têm revisado para baixo suas expectativas para o crescimento do PIB do Brasil no ano que vem
A Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Economia reconheceu nesta quarta-feira (22) que a crise hídrica e a pandemia de Covid-19 representam riscos para a atividade brasileira, mas disse que a ausência de piora desses fatores justifica projeção de crescimento acima de 2% em 2022.
O resultado também está vinculado, segundo a SPE em nota informativa, à continuidade do processo de consolidação fiscal e reformas pró-mercado.
Várias instituições financeiras importantes têm revisado para baixo suas expectativas para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil no ano que vem, com algumas prevendo expansão inferior a 1% em meio aos riscos representados pela escassez nos reservatórios de água, pressão inflacionária e juros mais altos.
Segundo a SPE, essas estimativas mais pessimistas esperam queda significativa do PIB em algum trimestre em 2022 ou uma nova recessão no próximo ano, “fatos esses difíceis de justificar com base no cenário fiscal atual e na ausência de uma crise hídrica ou de uma piora na pandemia”.
“Riscos existem, notadamente o risco hidrológico e a pandemia, mas na ausência de piora destes fatores e continuando com o processo de consolidação fiscal e reformas pró-mercado os indicadores atuais nos levam a concluir, com o conjunto de informações atualmente disponível, por um crescimento do PIB acima de 2% em 2022”, afirmou a nota.
A SPE manteve projeção de crescimento de 5,3% em 2021 e de 2,5% em 2022 feita na semana passada.