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    Prefeito do Rio afirma que vacinação aumentou após exigência do passaporte

    De acordo com painel da prefeitura, 99,8% da população adulta recebeu a primeira dose ou dose única contra a Covid-19

    Mylena Guedesda CNN* , no Rio de Janeiro

    A cidade do Rio tem 99,8% da população adulta vacinada com primeira dose ou dose única do imunizante contra a Covid-19. Em transmissão realizada na noite desta terça-feira (21), o prefeito Eduardo Paes afirmou que a adesão dos cariocas foi estimulada após a exigência do passaporte da vacina em locais como academias e pontos turísticos.

    “Para vocês terem uma ideia, nós tínhamos empacado em mais ou menos 95% da população adulta vacinada. Com o passaporte, a gente foi para quase 100%. Então tinha uns 4% das pessoas mais rebeldes que entenderam a importância da vacina agora”, disse.

    Paes destacou que a medida imposta pela prefeitura tem o objetivo de proteger a sociedade, já que, em meio a pandemia, o interesse coletivo deve ser tratado como prioridade. Ele também fez críticas as pessoas que são contra a exigência do passaporte sanitário.

    “Para as pessoas menos inteligentes, com menos neurônios, que são contra a vacina, que acham que a terra é plana, que é tudo uma conspiração comunista, entendam que nosso objetivo é justamente permitir que a cidade volte a sua vida normal, que a atividade econômica volte, que as pessoas possam ter o mínimo de convívio”, ressaltou o prefeito.

    Em relação ao esquema vacinal completo, 65% da população adulta está imunizada contra o vírus na capital fluminense. Com objetivo de ampliar a cobertura vacinal, a Secretaria Municipal de Saúde decidiu reduzir o intervalo de aplicação da segunda dose da vacina Pfizer para pessoas a partir dos 50 anos de idade.

    A partir desta terça-feira, quem está incluído nesse grupo pode receber a segunda dose com um intervalo de 21 dias em relação a primeira, sem precisa esperar o tempo de 12 semanas, como é previsto no município para pessoas de outras idades.

    De acordo com o prefeito, 23 mil pessoas nessa faixa etária tomaram a primeira dose da Pfizer depois da data prevista no calendário do município.

    “São cerca de 23 mil pessoas mais velhas que resolveram se vacinar só depois do passaporte da vacina. Resolvemos antecipar esse prazo porque não importa se a pessoa pensa ou não pensa, é inteligente ou não é, mas eu quero que ele viva. A gente deseja antecipar o espaço entre as duas doses para outras pessoas, com menos de 50 anos, mas ainda não é certo, afirmou Paes.

    Uma nova fase de flexibilização da cidade foi iniciada nesta terça-feira (21). Além de estar liberado eventos para até 500 pessoas em locais abertos com determinações de distanciamento de um metro entre mesas, também está permitida a presença de público em estádios com até 50% da capacidade.

    A permissão, no entanto, é exclusiva para quem comprovar o esquema vacinal completo. A norma depende da organização de cada competição que realizará as disputas esportivas.

    O jogo do Flamengo pela Libertadores na noite desta quarta-feira (22), por exemplo, poderá ter 35.045 pessoas, o que corresponde a 50% da capacidade do Maracanã. Para entrar no estádio, os torcedores deverão apresentar teste negativo para o vírus, além do comprovante da vacina, com pelo menos a primeira dose do imunizante.

    “Estamos com o plano operacional todo pronto, assim como o último jogo (realizado no dia 15, contra o Grêmio). O Flamengo foi muito correto, queria agradecer aqui aos dirigentes. Não economizaram na testagem, na organização, na disponibilização de funcionários para trabalhar. O jogo foi um sucesso” disse Eduardo Paes.

     

    Final do Mundial de Clubes

    Durante a transmissão, o prefeito também falou sobre a possibilidade do Rio de Janeiro sediar o Mundial de Clubes 2021, previsto para ser realizado em dezembro. Após a capital do Japão, Tóquio, desistir de receber o campeonato por causa das medidas restritivas, o município articula a candidatura.

    “Nós estamos trabalhando para isso, é um desejo do Rio, seria superinteressante. Estou conversando com a CBF, com outros dirigentes para ver o que a gente consegue fazer. Mas não é simples, parece que há uma predileção para se fazer essa final na Ásia, isso deve ter a ver com patrocinadores privados, enfim, não sou especialista no assunto. Estamos negociando isso”.

     

    *Sob supervisão de Isabelle Resende

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