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    PF pede a Moraes para prorrogar de novo inquérito das milícias digitais

    Instaurado em 2021, inquérito tem sido prorrogado desde então

    Nathan Lopesda CNN , São Paulo

    A Polícia Federal (PF) pediu, nesta terça-feira (12), a prorrogação do inquérito das milícias digitais no Supremo Tribunal Federal (STF).

    A solicitação foi feita ao ministro Alexandre de Moraes, relatora da ação. Não há prazo para que Moraes se manifeste a respeito do pedido.

    Segundo a PF, o “pedido de dilação de prazo” do inquérito é “para conclusão de diligências em andamentos”.

    O inquérito foi instaurado em 2021 a partir de indícios e provas da existência de uma suposta organização criminosa, de forte atuação digital, que se articularia em núcleos político, de produção, de publicação e de financiamento, com a finalidade de atentar contra a democracia.

    Desde então, ele tem sido prorrogado. A última vez foi em setembro deste ano, quando Moraes autorizou um novo prazo de 90 dias.

    Na ocasião, o ministro considerou a necessidade de as investigações continuarem e a também mencionou a existência de diligências em andamento.

    Qual é o objetivo do inquérito?

    O inquérito tem como alvo uma série de pessoas públicas que, por meio das redes sociais, se organizam para atacar as instituições democráticas. Apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) são alvo das investigações.

    Em fevereiro de 2022, a Polícia Federal passou a investigar a relação de Bolsonaro com milícias digitais.

    Foi no âmbito desse inquérito que se deu a operação da PF que terminou com a busca e apreensão do telefone celular de Bolsonaro e a prisão de pessoas ligadas ao ex-presidente, por fraudes no cartão de vacinação dele e da filha. Essas apurações partiram do inquérito, mas se dão em procedimentos diferentes. Bolsonaro negou à PF saber das fraudes.

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