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    Ibovespa fecha em alta de 1,29% após 5 quedas consecutivas; dólar cai

    Moeda americana caiu 0,81% ante o real, a R$ 5,2854

    Reuters

    O Ibovespa acentuou seus ganhos no começo desta terça-feira (21) com falas dos presidentes das duas Casas legislativas brasileiras dando otimismo ao mercado sobre uma solução para o impasse bilionário dos precatórios.

    No fechamento do pregão, o principal índice de ações brasileiras subiu 1,29%, aos 110.249 pontos, tendo um dia com leve reação positiva, revertendo parte das perdas da véspera.

    O respiro nesta terça-feira acompanhou uma reação em praças internacionais diante de análises mais conservadoras sobre o impacto de um iminente calote da incorporadora Evergrande no setor imobiliário chinês e, por consequência, na já cambaleante economia global.

    Sobre o caso China nada aconteceu de prático, exceto o presidente da Evergrande mostrar confiança de que a segunda maior incorporadora da China “sairá de seu momento mais sombrio”. Sinais de resgate por parte do governo chinês não vieram.

    No entanto, prevaleceram no dia avaliações de profissionais do mercado de que é pequeno o risco de um efeito dominó gerado por uma possível quebra da Evergrande no ramo responsável por cerca de 25% do PIB da China, destino de um terço das exportações brasileiras.

    O alívio nas ordens de venda de ações se esparramou por todos os setores da bolsa brasileira, mas com menor intensidade em siderurgia e mineração, diante do medo de que uma derrocada imobiliária na China comprometa a economia do país por alguns anos e, consequentemente, reduza o consumo de aço.

    O fechamento marcou a primeira alta após ter encolhido 6,5% no acumulado das últimas cinco sessões. O volume financeiro da sessão somou R$ 29,8 bilhões.

    Na segunda-feira (20), o Ibovespa chegou a atingir o menor nível desde novembro de 2020. Isso porque o dia foi marcado pelo baixo apetite ao risco, com investidores fazendo compras pontuais enquanto seguiam atentos a um possível calote no setor imobiliário da China e esperavam por novos passos na política monetária de Brasil e dos Estados Unidos.

    Dólar

    O dólar também reagiu à sinalização de um acordo sobre os precatórios, firmando queda no fim da tarde. No encerramento da sessão, a moeda americana fechou em queda de 0,81% ante o real, a R$ 5,2854. A baixa percentual é a mais forte desde o último dia 13, quando registrou queda de 0,84%.

    Na véspera, a divisa chegou a bater os R$ 5,38.

    A moeda vinha oscilando numa faixa estreita no início da tarde, quando despencou em linha quase reta enquanto autoridades políticas queriam se mostrar empenhadas em alcançar um acordo sobre os precatórios.

    O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), disse que a PEC para resolver o problema dos precatórios no Orçamento do ano que vem vai prever uma limitação do crescimento dessas despesas pela mesma dinâmica da regra do teto de gastos.

    E o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), disse “que fique claro” que há o compromisso de respeito ao teto de gastos.

    Junto a ambos, o ministro da Economia, Paulo Guedes, voltou a dizer que confia no Congresso e a mostrar esperança de um desfecho positivo para a questão da conta de precatórios de quase R$ 90 bilhões para 2022.

    Para além do noticiário doméstico, o viés de baixa do dólar também era amparado pela recuperação de ativos de risco no exterior, após a liquidação da véspera por temores relacionados à incorporadora chinesa Evergrande.

    Mas as atenções também estão voltadas para as decisões de política monetária no Brasil e nos EUA. Aqui, o mercado espera alta de 1 ponto percentual nos juros e indicações sobre os próximos passos diante da escalada da inflação. Nos EUA, o foco se volta para se o Fed citará algum tipo de cronograma para redução de compras de ativos.

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