Vídeo: “Fui surpreendido”, diz Renato Cariani nas redes sociais após ação da PF
Segundo as investigações, influenciador é suspeito de integrar grupo envolvido em esquema de tráfico de drogas
Em um vídeo publicado no Instagram no início da tarde desta terça-feira (12), após ter sido alvo de uma operação da Polícia Federal (PF) contra o tráfico de drogas, o influenciador fitness Renato Cariani afirmou que foi “surpreendido” pela ação dos investigadores na manhã de hoje.
Ele reiterou, conforme dito mais cedo à CNN, que não conhece o teor das investigações.
“Eu fui surpreendido com o cumprimento de um mandado de busca e apreensão da polícia na minha casa. Fui informado que não só a minha empresa, mas várias empresas estão sendo investigadas em um processo que eu não sei [o teor], porque ele corre em processo [segredo] de Justiça”, disse.
“Meus advogados vão dar entrada pedindo para ver esse processo e aí eu vou entender o que consta nesta investigação”, acrescentou.
Cariani disse que foi alvo da operação por ser um dos sócios da empresa Anidrol, que tem sede em Diadema (Grande São Paulo) e que, segundo a PF, estaria envolvida em um suposto esquema de desvio de produtos químicos para a fabricação de drogas. “Todos os sócios sofreram busca e apreensão”, disse o influenciador.
A empresa, afirmou Cariani, “tem mais de 40 anos de história”. “É uma empresa linda, onde a minha sócia, com 71 anos de idade, ainda é a grande administradora, grande gestora da empresa. É quem conduz a empresa, uma empresa com sede própria, que tem todas as licenças, todas as certificações nacionais e internacionais. A empresa trabalha totalmente regulada. Então, para mim, para a minha sócia e para todas as pessoas, foi uma surpresa.”
O que diz a Polícia Federal
Segundo a PF, aproximadamente 19 toneladas de crack e cocaína podem ter sido fabricados a partir dos produtos que teriam sido desviados pelo grupo. A Polícia Federal chegou a solicitar a prisão de Cariani, mas o pedido foi negado pela Justiça.
“Foram identificadas 60 transações dissimuladas vinculadas à atuação desta organização criminosa, totalizando, aproximadamente, 12 toneladas de produtos químicos (fenacetina, acetona, éter etílico, ácido clorídrico, manitol e acetato de etila), o que corresponde à mais de 19 toneladas de cocaína e crack prontas para consumo”, diz a PF.
De acordo com as investigações, a quadrilha emitia notas fiscais fraudulentas de empresas devidamente licenciadas para vender produtos químicos em São Paulo. O pagamento era feito em espécie por meio de “laranjas”. Os criminosos se passavam por funcionários de multinacionais.
A PF diz que “as pessoas relacionadas aos fatos investigados responderão, cada qual dentro da sua esfera de responsabilidade, pelos crimes de tráfico equiparado, associação para fins de tráfico, bem como pelo crime de lavagem de dinheiro”. As penas combinadas podem ultrapassar 35 anos de prisão.
Veja quem é Renato Cariani:
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