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    Ibovespa fecha em queda de 0,4% com expectativa de juros no Brasil e nos EUA; dólar sobe a R$ 4,96

    Sessão foi marcada por dados da inflação e recuo de quase 3,9% do petróleo

    Da CNN* , São Paulo

    O Ibovespa fechou em queda e o dólar subiu nesta terça-feira (12), com mercados digerindo dados da inflação no Brasil e nos Estados Unidos e à espera das decisões monetárias dos dois países, que serão publicadas nesta “Super Quarta”.

    O principal índice do mercado doméstico encerrou a sessão com queda de 0,40%, aos 126.403 pontos, pressionado pela Petrobras (PETR4), com queda acima de 0,80% em linha com o recuo de 3,87% do petróleo tipo Brent.

    Já o dólar fechou o dia com alta de 0,65%, negociado a R$ 4,967 na venda, a quarta sessão seguida de valorização ante o par brasileiro. Além do cenário internacional, a alta da moeda foi puxada pelo movimento tradicional de compra de moeda no fim de ano no Brasil.

    Inflação

    O dia foi marcado por divulgações de dados da inflação no Brasil e nos EUA, com resultados não fugindo das previsões de analistas.

    Nos EUA, o Índice de Preços ao Consumidor (CPI, em inglês), subiu 0,1% em novembro, depois de ter ficado inalterado em outubro. Nos 12 meses até novembro, o dado avançou 3,1%.

    O núcleo, que exclui os componentes voláteis de alimentos e energia, subiu 0,3% em novembro, em linha com a expectativa dos economistas.

    Já no Brasil, o Índice de Preços ao Cosumidor Amplo (IPCA) subiu 0,28% no mês passado, na comparação com outubro.

    O maior impacto veio do grupo de alimentação e bebidas, com alta de 0,63%. No acumulado de 12 meses, o indicador oficial da inflação soma alta de 4,68%.

    “Dados mostram que a subida da taxa de juros pelo BC aqui fez bem para o Brasil e o trabalho foi bem executado para combater a inflação. Então foi um número abaixo do esperado que representa o controle da inflação, que é muito benéfico para nós brasileiros”, pontua Dierson Richetti, especialista em mercado de capitais e sócio da GT Capital.

    “Já o CPI americano demonstra que também o Fed americano vem acertando a mão no controle da inflação americana. Claro que eles preferiam que houvesse uma queda da inflação, mas só o fato de ter uma estabilidade também já é um ponto muito positivo”.

    Juros

    Agora, as atenções se concentram nas divulgações dos novos passos das políticas de juros nos Estados Unidos e no Brasil, ambos publicados nesta quarta (13).

    Por lá, a expectativa é que o Federal Reserve (Fed, o BC dos EUA) mantenha as taxas no atual intervalo de 5,25% e 5,50% — o maior patamar em mais de duas décadas.

    No Brasil, as apostas estão em nova queda de 0,50 ponto percentual (p.p.) pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), trazendo a Selic ao patamar de 11,75% ao ano.

    Cenário político

    O Senado aprovou nesta terça os dois nomes indicados pelo governo federal para novas vagas no Banco Central.

    Rodrigo Teixeira foi sancionado para a diretoria de Relacionamento, Cidadania e Supervisão de Conduta, enquanto Paulo Picchetti foi aprovado para a diretoria de Assuntos Internacionais e de Gestão de Riscos Corporativos.

    Em Brasília, continua a força-tarefa para aprovação de pautas prioritárias para a equipe econômica. No Senado, a votação do projeto de tributação das apostas esportivas deve ocorrer ainda hoje.

    Já Câmara, tudo indica que o Ministério da Fazenda terá que negociar ajustes no texto da MP da Subvenção do ICMS, com apresentação esperada para amanhã.

    Veja também: Governo tenta ajustes, mas relator da LDO resiste

    *com informações da Reuters

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