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    Falta de estudo de impacto ambiental agravou situação em Maceió, diz especialista

    Para Carlos Bocuhy, presidente do Instituto Brasileiro de Proteção Ambiental (Proam), divisão de empreendimentos contribuiu para a negligência

    Carol Raciunasda CNN*

    O rompimento da mina 18 em Maceió, ocorrido no último domingo (11), demonstra a ausência de planejamento para preservação ambiental, conforme aponta o presidente do Instituto Brasileiro de Proteção Ambiental (Proam), Carlos Bocuhy. Ele explica que, quando o empreendimento da Braskem foi realizado, deveria ter sido feito um estudo de impacto no ambiente.

    “Isso não foi feito naquela situação. Assim, a iniciativa se compartimentou em 35 pequenos empreendimentos. Isso acabou liberando a empresa de fazer um estudo de impacto ambiental robusto que desse a dimensão do risco envolvido”, explica Bocuhy.

    Uma das principais questões a serem consideradas no estudo de impacto ambiental, seria a alternativa locacional, conforme aponta o presidente do Proam. Para ele, o fato da mina ficar embaixo de bairros residenciais e uma lagoa, utilizada para turismo e pesca, seria um fator impeditivo da viabilidade ambiental da exploração minerária.

    Como Bocuhy aponta, os efeitos começaram a aparecer depois de mais de 30 anos de extração de sal. “Então, o que era para ser um empreendimento licenciado se transformou em 35 pequenos empreendimentos. E o efeito desse conjunto de ações de retirada de sal-gema levou à instabilidade geológica que só foi percebida em 2018. O que se dá hoje é uma medida de mitigação em função da gravidade da situação”.

    Além disso, o impacto se dá em cadeia. Há ainda a grande parcela da população realocada e consequências negativas sobre o turismo de navegação e a pesca artesanal.

    Estes aspectos demonstram, segundo o especialista, a importância da prevenção que poderia ter sido garantida através do estudo prévio, que conseguiria dimensionar o problema antes que ele ocorresse.

    A CNN tenta contato com a Braskem.

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