Novo rascunho de texto final da COP não menciona eliminação gradual de combustíveis fósseis
Demanda é chave para garantir sucesso da cúpula sobre a crise climática, segundo secretário-geral da ONU
O órgão climático da ONU publicou nesta segunda-feira (11) seu último rascunho do acordo que espera alcançar na cúpula da COP28 em Dubai, que inclui uma série de ações que os países podem tomar para reduzir as emissões.
A lista não se refere diretamente a uma eliminação gradual dos combustíveis fósseis.
A seção relevante do texto dizia que as partes reconhecem “a necessidade de reduções profundas, rápidas e sustentadas das emissões de gases com efeito de estufa (GEE) e insta as partes a tomarem medidas que possam incluir, nomeadamente:
(a) Triplicar a capacidade de energias renováveis a nível mundial e duplicar a taxa média global anual de melhoria da eficiência energética até 2030;
(b) A rápida redução gradual do carvão não degradado e das limitações em matéria de autorização da produção de eletricidade a carvão nova e não degradada;
(c) Acelerar os esforços a nível mundial no sentido de sistemas energéticos com emissões nulas líquidas, utilizando combustíveis com emissões zero e baixas de carbono muito antes ou em meados do século;
(d) Acelerar as tecnologias de emissões zero e baixas, incluindo, nomeadamente, as tecnologias de energias renováveis, nucleares, de redução e remoção, incluindo a captura e utilização e armazenamento de carbono e a produção de hidrogênio com baixo teor de carbono, de modo a aumentar os esforços para a substituição de combustíveis fósseis inabaláveis em sistemas de energia;
(e) Redução do consumo e da produção de combustíveis fósseis, de uma forma justa, ordenada e equitativa, de modo a atingir o valor zero líquido até, antes ou por volta de 2050, em conformidade com a ciência;
(f) Acelerar e reduzir substancialmente as emissões não CO2, incluindo, em particular, as emissões de metano a nível mundial até 2030;
(g) Acelerar as reduções de emissões do transporte rodoviário através de uma série de caminhos, incluindo o desenvolvimento de infraestruturas e a rápida implantação veículos de baixa ou nula emissão;
(h) Eliminação gradual de subsídios ineficientes aos combustíveis fósseis que incentivam o consumo desperdiçador e não abordam a pobreza energética ou apenas as transições, o mais rapidamente possível;”