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    Monitor do PIB indica crescimento de 0,6% na atividade econômica em julho

    Como indicadores melhoraram no segundo semestre de 2020, projeção para o fim do ano é de crescimento decrescente

    Movimentação no comércio na cidade de Santo André (SP) durante pandemia da Covid-19
    Movimentação no comércio na cidade de Santo André (SP) durante pandemia da Covid-19 ESTADÃO CONTEÚDO

    Stéfano Salles e Thayana Araújoda CNN no Rio de Janeiro

    Divulgado mensalmente pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FVG), o Monitor do PIB indica um crescimento de 0,6% na atividade econômica realizada no Brasil em julho em comparação com julho, em análise dessazonalizada. Em relação ao trimestre móvel encerrado no sétimo mês do ano, o crescimento foi de 0,3% quando comparado com anterior, encerrado em abril.

    O estudo mostra que em análise feita com a manutenção dos fatores sazonais da série do PIB utilizados de 2019 a 2020, isto é, com ajuste, o crescimento seria maior, de 1,7% no mesmo período. No entanto, o próprio instituto recomenda que esse dado seja analisado de maneira conservadora, porque “a pandemia pode ter influenciado os fatores sazonais, não apenas por razões econômicas, mas também estatísticas”.

    Na comparação interanual, a economia brasileira, de acordo com o Ibre, cresceu 6,6% em julho, quando comparável ao mesmo período do ano passado, e 9,6% no trimestre móvel encerrado no mesmo mês.

    Pesquisador associado ao Ibre/FGV, Claudio Considera entende que o crescimento da economia nos próximos meses apresentará desaceleração, por conta das características da retomada econômica ocorrida no ano passado.

    “A economia deve continuar crescendo quando comparada com 2020, porque é um ano que teve uma base muito baixa, foi o pior momento da pandemia e da recessão. Entretanto, vai crescer a taxas decrescentes, porque os números começam a melhorar depois do segundo semestre de 2020. Logo, o crescimento do segundo semestre de 2021 será comparado com uma base um pouco mais alta. De qualquer maneira, a economia está se recuperando do tombo que levou em 2020. Talvez cresça 4% esse ano, descontando as perdas do ano passado”, avalia.

     

    A pesquisa analisa quatro variáveis na análise desagregada dos componentes de demanda. O consumo das famílias cresceu 9,5% no trimestre móvel, em comparação com o mesmo período de 2021, influenciado pelo crescimento dos serviços (10,3%).

    A formação bruta de capital fixo cresceu 23,5% no mesmo período. Esse indicador mostra como o investimento em ativos fixos (bens, utilizados em sua atividade fim, e não apenas para gerar renda) pode impulsionar a capacidade produtiva. Apesar do crescimento, quando comparado ao trimestre móvel anterior, houve retração de 3,9%.

    No mesmo período, a exportação experimentou crescimento de 3,8%. Nesta atividade, apenas os componentes de agropecuária e da área extrativa mineral não aumentaram. Já com relação à importação, o aumento foi de 32,1%, com crescimentos em todos os componentes e destaque para bens intermediários (manufaturados ou matérias-primas comprados para a produção de outros bens), impulsionados em 43% pelo aumento da demanda industrial.

    O estudo estima que o PIB acumulado no ano até julho esteja em R$ 4,946 trilhões.