Astronautas chineses retornam após missão de 90 dias na estação espacial
A segunda missão tripulada está planejada para outubro, com o próximo lote de astronautas esperado para ficar em Tianhe por seis meses
PEQUIM, 17 de setembro (Reuters) – Três astronautas chineses voltaram à Terra nesta sexta-feira (17), após uma visita de 90 dias a uma estação espacial inacabada na primeira missão tripulada do país desde 2016.
Em uma pequena cápsula de retorno, os três homens – Nie Haisheng, Liu Boming e Tang Hongbo – pousaram em segurança na região autônoma da Mongólia Interior, no norte da China, às 13h34. (0534 GMT), informou a mídia estatal.
A missão Shenzhou-12 foi a primeira de quatro missões tripuladas planejadas para 2021-2022, enquanto a China monta sua primeira estação espacial permanente. O processo requer 11 missões, incluindo o lançamento dos três módulos da estação.
A construção começou em abril com o lançamento do módulo Tianhe, os futuros aposentos da estação espacial. Um pouco maior do que um ônibus urbano, Tianhe foi onde Nie, Liu e Tang ficaram desde meados de junho, marcando a missão de vôo espacial mais longa da China.
Enquanto em órbita, os astronautas conduziram caminhadas espaciais, validaram o sistema de suporte de vida de Tianhe, testaram o braço robótico do módulo e classificaram suprimentos para as próximas missões tripuladas.
A segunda missão tripulada está planejada para outubro, com o próximo lote de astronautas esperado para ficar em Tianhe por seis meses.
Antes dessa missão Shenzhou-13, a China enviará uma espaçonave de carga automatizada – Tianzhou-3 – para Tianhe carregando suprimentos necessários para a próxima tripulação.
Tianzhou-3 será lançado em um futuro próximo, informou a mídia estatal recentemente.
Impedida pela lei dos EUA de trabalhar com a NASA e por extensão na Estação Espacial Internacional (ISS) liderada pelos EUA, a China passou a última década desenvolvendo tecnologias para construir sua própria estação espacial.
A estação espacial da China, com previsão de conclusão até o final de 2022, será a única alternativa à ISS de 20 anos, que pode ser aposentada em 2024.