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    Conass e Conasems reforçam importância da imunização de adolescentes contra Covid

    Posicionamento acontece após o Ministério da Saúde recomendar a suspensão da imunização dos jovens que não têm comorbidades

    João de Marida CNN Em São Paulo

    O Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) divulgaram, nesta quinta-feira (16), uma nota reforçando a importância da vacinação de adolescentes de 12 a 17 anos contra a Covid-19.

    O posicionamento acontece após o Ministério da Saúde recomendar a suspensão da imunização dos jovens que não têm comorbidades devido à “notificação de casos de eventos adversos” naqueles que não foram vacinados com a Pfizer.

    Segundo o comunicado, a decisão do ministro Marcelo Queiroga de “implementar unilateralmente decisões sem respaldo técnico” coloca em risco a principal ação de controle da pandemia do novo coronavírus.

    “Apesar de a vacinação ter levado a uma significativa redução de casos e óbitos, o Brasil ainda apresenta situação epidemiológica distante do que pode ser considerado como confortável, em razão do surgimento de novas variantes”, diz trecho do comunicado.

    Os presidentes das duas entidades, que assinam o documento, ressaltaram ainda a “confiança” na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Em junho, a agência autorizou a vacinação de adolescentes com imunizantes da Pfizer.

    “Conass e Conasems reafirmam sua confiança na Anvisa e nas principais agências sanitárias regulatórias do mundo, que afirmam a segurança e eficiência da vacina Comirnaty, da Pfizer, para crianças com 12 anos de idade ou mais”, afirmaram.

    “Também confiamos na Organização Mundial da Saúde (OMS), que recomenda a aplicação desse imunizante após o término da vacinação dos públicos de risco prioritários”.

    Queiroga critica estados por aplicar vacinas

    Na quarta-feira (15), o Ministério da Saúde divulgou nota técnica dizendo que passa a ser recomendada a vacinação de jovens nesta faixa etária somente em adolescentes que apresentem deficiência permanente, comorbidades ou que estejam privados de liberdade.

    Em coletiva de imprensa nesta quinta, o ministro da Saúde Marcelo Queiroga afirmou que a recomendação pela suspensão da vacinação contra Covid-19 em adolescentes de 12 a 17 anos sem comorbidades se deve pela notificação de casos de eventos adversos em jovens que receberam imunizantes que não foram o da Pfizer.

    Segundo o ministro, dos 3,5 milhões de adolescentes imunizados no país, milhares receberam doses de imunizantes que não são recomendados pela Anvisa para este público. Conforme a pasta, mais de 1.500 teriam sofrido eventos adversos, a maioria leves.

    Capitais mantêm vacinação

    Após o anúncio, ao menos 10 capitais manterão a vacinação contra Covid-19 de adolescentes de 12 a 17 anos. Cinco capitais informaram que vão suspender a imunização desta população, e outras quatro aguardam mais informações para decidir se mantêm ou se suspendem a vacinação deste público.

    As informações foram levantadas junto às secretarias municipais e estaduais de saúde pela Agência CNN.

    Estados que vão manter a vacinação

    • São Paulo
    • Santa Catarina
    • Mato Grosso do Sul
    • Piauí
    • Amapá
    • Espírito Santo
    • Goiás
    • Maranhão
    • Roraima
    • Distrito Federal
    • Pernambuco

    Capitais que vão manter vacinação

    • São Paulo (SP)
    • Rio de Janeiro (RJ)
    • Aracaju (SE)
    • Goiânia (GO)
    • Manaus (AM)
    • Rio Branco (AC)
    • Vitória (ES)
    • Porto Alegre (RS)
    • Recife (PE)
    • Porto Velho (RO)

    Capitais que vão suspender a vacinação

    • Salvador (BA)
    • Natal (RN)
    • Belém (PA)
    • Campo Grande (MS)
    • Maceió (AL)

    Capitais que aguardam informações para decidir

    • Palmas (TO)
    • Fortaleza (CE)
    • Florianópolis (SC)
    • Boa Vista (RR)

    Capitais que não começaram a vacinar adolescentes

    • Teresina (PI)
    • Belo Horizonte (MG)
    • Cuiabá (MT)
    • Curitiba (PR)
    • João Pessoa (PB)

    (Com informações de Camila Neumam, da CNN, em São Paulo)