Refém israelense de 25 anos é morto em Gaza sob circunstâncias incertas
Hamas alega que Baruch foi morto na manhã de sexta-feira (8) durante uma operação de resgate israelense fracassada
Um refém israelense detido em Gaza, Sahar Baruch, de 25 anos, foi morto, anunciou no sábado (9) o kibutz onde ele morava.
“É com grande tristeza e com o coração partido que anunciamos o assassinato de Sahar Baruch (25), que foi sequestrado de sua casa por terroristas do Hamas para Gaza no Sabbath Negro (ataques do dia 7 de outubro) e assassinado lá”, disse o Kibutz Be’eri em um comunicado.
O Hamas alega que Baruch foi morto na manhã de sexta-feira (8) durante uma operação de resgate israelense fracassada, mas as Forças de Defesa de Israel (FDI) não comentaram essa alegação.
O braço militar do Hamas, as Brigadas Qassam, divulgou na sexta-feira um vídeo do cadáver de Baruch. O vídeo incluía imagens das supostas consequências da operação e uma declaração em vídeo de Baruch aparentemente filmada há algumas semanas.
Não está claro no vídeo como Baruch morreu.
As FDI disseram na sexta-feira que dois soldados israelenses ficaram gravemente feridos durante uma tentativa fracassada de resgate, mas não disseram nada sobre um refém morto ou ferido, e não está claro se foi o mesmo incidente.
O Hamas divulgou um comunicado na manhã do mesmo dia, antes da divulgação do vídeo, com suas alegações sobre a morte de Baruch.
“Na madrugada de hoje, os combatentes das Brigadas Al-Qassam frustraram uma tentativa sionista de alcançar um dos prisioneiros sionistas”, disse o Hamas.
“Uma força sionista especial foi descoberta enquanto tentava avançar para libertar um dos prisioneiros inimigos e entrou em confronto com eles, resultando na morte e ferimentos de membros da força.”
“O confronto levou à morte do soldado cativo ‘Sa’ar Baruch’”, disse o Hamas – o grupo refere-se a todos os homens em idade de lutar como “soldados”.
O vídeo do Hamas começa com Baruch falando para a câmera. A CNN não está transmitindo o vídeo.
“Eu sou Sa’ar Baruch, 24 anos, do Kibutz Be’eri”, diz ele. “Trabalhei para o Be’eri Print até 7 de outubro. Desde então, fui mantido refém durante 40 dias em Gaza. Quero voltar para casa.”
Sua declaração sugere que essa parte do vídeo foi filmada em meados de novembro.
Aparece então um texto na tela, repetindo as alegações do Hamas.
O vídeo então corta para um chão coberto de sangue, cartuchos de bala vazios e detritos. A câmera mostra então várias armas, algumas das quais estão cobertas de sangue.
Finalmente, o vídeo corta para o que supostamente seria o cadáver de Baruch, manchado de sangue. O corpo parece ter ferimentos graves no rosto e está coberto de moscas.
As FDI encaminharam o inquérito da CNN sobre o incidente ao Gabinete do Primeiro Ministro, que disse à CNN que não tinha comentários.
Quando questionado sobre as reivindicações do Hamas na sexta-feira, Eylon Levy, porta-voz do governo israelense, disse que não irão “comentar sobre a guerra psicológica que o Hamas continua a travar contra o povo de Israel”.
Pelo menos 136 reféns ainda estão detidos em Gaza, disseram as FDI em 1º de dezembro. O porta-voz das forças israelenses, contra-almirante Daniel Hagari, disse que o número inclui 17 mulheres e crianças.