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    Após ataque a Bar Brahma, Prefeitura quer fechar avenida para carros aos domingos

    Uma consulta pública será aberta em breve para debater a inclusão da Avenida São João no Programa Ruas Abertas

    Letícia CassianoMaria Clara Alcântarada CNN*

    Após o recente ataque ao Bar Brahma, localizado na famosa esquina entre as Avenidas Ipiranga e São João, a Prefeitura de São Paulo estuda fechar a Avenida São João para carros aos domingos e feriados.

    O projeto da Secretaria Municipal de Urbanismo e Licenciamento (SMUL) pretende incluir a via no programa Ruas Abertas.

    Este programa já existe no Centro e São Paulo em duas localidades. Na Avenida Paulista, em toda a extensão, e em algumas vias do bairro da liberdade.

    O projeto recém apresentado compreende o trecho que inicia no acesso ao elevado Presidente João Goulart, o Minhocão, e termina no Vale do Anhangabaú.

    A proposta foi formulada pela Associação Pró-Centro SP e tem como objetivo estimular o turismo e o comércio local da área, que vem perdendo o fluxo devido a insegurança na região central da cidade.

    Uma consulta pública on-line será disponibilizada em breve pela Prefeitura. Após o término do prazo para respostas, a opinião dos munícipes será levada em consideração para possível inclusão do trecho no programa.

    O caso

    O famoso Bar Brahma, localizado há 75 anos na esquina da Avenida Ipiranga com a Avenida São João, foi alvo de ataques e de vandalismo na tarde do último domingo (3). No vídeo, que viralizou nas redes sociais, é possível ver pelo menos dez homens arremessaram pedras e objetos no estabelecimento, quebrando janelas e derrubando mesas.

    Um deles arremessa um cone, que fica preso na porta do bar. Um carro estacionado na frente do restaurante também foi atacado e teve seus vidros quebrados.

    Segundo informações da Secretaria de Segurança Pública, a Polícia Militar foi acionada para o local após uma tentativa de assalto, onde a vítima reagiu e imobilizou o criminoso. Os demais criminosos da quadrilha então começaram o ataque até que o homem detido fosse liberado.

    O que diz a Secretaria de Segurança Pública

    A Secretaria de Segurança de São Paulo disse que reforçou o policiamento na região no início de 2023 e que mais de 5 mil criminosos foram presos no centro da cidade somente este ano.

    Veja o posicionamento completo da pasta:

    “A região central é uma das prioridades da SSP, e desde o começo do ano o policiamento foi reforçado com 120 policiais militares que atuam diariamente na Operação Impacto-Centro, com a Operação Resgate e AC35 da Polícia Civil e com a atividade delegada.

    Além disso, a SSP passou a realizar, desde setembro, o tornozelamento de infratores soltos em audiência de custódia na Capital e assinou um Termo de Cooperação com o Poder Judiciário que facilitará a identificação e comunicação, pelos policiais ao Poder Judiciário, dos criminosos que descumprem as condições de penas ou medidas alternativas nas ruas do Estado.

    Desde julho, já foram identificados e comunicados ao Poder Judiciário mais de 250 casos na região central. Este reforço resultou no aumento das prisões e apreensões neste ano em relação ao ano passado.

    De janeiro a outubro deste ano, as polícias prenderam 5.455 criminosos na região central (aumento de 28%), apreenderam 114 armas de fogo (aumento de 39%) e 1,5 tonelada de drogas (aumento de 244%).

    Em relação aos crimes praticados, o aumento das ações e presença policial resultou na reversão de seguidas altas em 2022 para quedas em roubos e furtos desde abril deste ano. Em toda a região central, as quedas de 6% de furtos e de 15% de roubos desde abril resultaram em 4856 vítimas a menos de roubos e furtos quando comparados aos crimes registrados no mesmo período do ano passado.”

    *Sob supervisão de Bruno Laforé

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