G7 se divide sobre depoimento de advogada de Bolsonaro
O grupo majoritário da CPI da Pandemia ainda discute sobre a necessidade de inquirir Karina Kufa, cuja convocação foi criticada pela OAB.
O grupo majoritário da CPI da Pandemia ainda não chegou a um acordo sobre o depoimento da advogada Karina Kufa, que defende o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na esfera eleitoral.
A intenção inicial era para que a advogada prestasse depoimento na próxima quinta-feira (16), mas o chamado G7, grupo de senadores independentes e de oposição, deve desmarcá-lo.
A remarcação, no entanto, ainda não é consenso. O grupo majoritário deve se reunir nesta segunda-feira (13) para discutir o tema. A avaliação de integrantes do grupo é de que o depoimento da advogada trará poucas contribuições.
Além disso, há um receio de gerar um desgaste desnecessário com a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), que divulgou recentemente uma nota oficial tratando como uma “tentativa inaceitável de criminalização da profissão”.
A intenção de levar Karina Kufa à CPI da Pandemia é fazer com que ela explique um churrasco promovido na casa dela onde Marconny Faria, suposto lobista da Precisa Medicamentos, teria se encontrado com o ex-secretário da Anvisa José Ricardo Santana.
Para a defesa da advogada, a intimação por ela ter recebido uma pessoa para jantar na casa dela caracterizaria constrangimento ilegal.
Como antecipou a analista Renata Agostini, a cúpula da CPI da Pandemia decidiu ajustar a programação de depoimentos e prevê encerrar as oitivas na semana que vem, ouvindo novamente Élcio Franco, que era secretário executivo do Ministério da Saúde.
A leitura e a votação do relatório final da CPI da Pandemia devem ficar para os dias 28 e 29 de setembro.
“O relatório deverá ser votado no final de setembro. E será lido antes”, disse à CNN Brasil o relator Renan Calheiros (MDB-AL).