Moro diz à CNN que depoimento à Justiça Eleitoral serviu para mostrar que acusações “não se sustentam”
À CNN, senador afirmou que alegações de abuso de poder econômico nas eleições de 2022 foram oriundas de perseguição política; processo pode levar parlamentar a perder cargo
O senador Sergio Moro (União Brasil-PR) afirmou à CNN nesta quinta-feira (7), após prestar depoimento ao Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR), que os processos sobre abuso de poder econômico na eleição de 2022 são resultado de uma “perseguição política”.
Segundo ele, os esclarecimentos à Justiça Eleitoral serviram para mostrar que as acusações, feitas pelo PT e por integrantes do PL no Paraná, “não se sustentam”.
“Foi uma boa oportunidade para esclarecer no caso. No fundo, as ações são um castelo de cartas, promovidas por uma perseguição política em parte pelo PT e, do outro lado, por oportunistas que perderam a eleição no Paraná e são membros do PL. Mas as alegações não se sustentam”, disse Moro.
“Falaram que tinha caixa dois, desvio, mas quando se vê nos processos, não tem nada, não tem prova nenhuma disso, porque esses fatos não ocorreram”, afirmou o senador.
Moro também rebateu o argumento dos autores da denúncia ao TRE de que teria sido pré-candidato à Presidência, ainda no início de 2022, como subterfúgio a uma eventual candidatura ao Senado, que se concretizaria meses depois.
“Quem acompanhou os fatos sabe que foi o contrário. Foi penoso desistir da candidatura presidencial. E aí querem pegar os gastos do período anterior à campanha, de atividade partidária, e chamar de abuso de poder econômico”, disse Moro.
“A ação vai ser julgada, e a gente respeita a Justiça Eleitoral. Vamos esperar o julgamento. mas os fatos que eles alegam ou não existem, ou não foram provados, ou não fazem sentido”, disse.
À CNN, o presidente do diretório do PT do Paraná, deputado estadual Arilson Chiorato, disse que Moro se enrolou ao não querer responder os questionamentos do partido. “Ele ficou em silêncio porque ele não consegue responder as perguntas. Contra a verdade, não tem resposta”. Chiorato disse acreditar que a “cassação ficou cada vez mais iminente”.
*Publicado por Marcelo Freire, com informações de Renata Souza.