20 anos da tragédia: EUA têm dia de cerimônias em homenagem às vítimas do 11/9
Presidente Joe Biden faz viagem para os três lugares atingidos pelos aviões sequestrados pela Al Qaeda, acontecimento que mudou os rumos da história recente
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Policiais e bombeiros de Nova York seguram a bandeira dos EUA durante execução do hino nas celebrações do 11 de Setembro • Chip Somodevilla - 11.set.2021/Getty Images
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Bill Clinton, Hillary Clinton, Barack Obama, Michelle Obama, Joe Biden e Jill Biden prestam homenagem às vítimas do 11 de Setembro • Chip Somodevilla - 11.set.2021/Getty Images
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Rosas depositadas no nome de Frank Spinelli no memorial do 11 de Setembro, em Nova York • Anthony Behar - 11.set.2021/Getty Images
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Civis choram no Memorial do 11 de setembro, em Nova York, antes da cerimônia do 20º aniversário dos atentados • Mike Segar - 11.set.2021/Getty Images
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Com bandeira dos EUA ao fundo, rosa homenageia vítimas do 11 de Setembro no Pentágono • Win McNamee - 11.set.2021/Getty Images
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Em uniforme militar, norte-americano segura cartaz com o nome de Ruben Correa, umas das vítimas do 11 de Setembro • Michael M. Santiago - 11.set.2021/Getty Images
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Norte-americano carrega foto de uma bombeira vítima dos ataques de 11/9 dentro de quepe militar • Spencer Platt - 11.set.2021/Getty Images
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Momento em que os nomes das quase 3 mil vítimas do 11 de Setembro foram lidos na cerimônia do 20º aniversário dos ataques • Michael M. Santiago - 11.set.2021/Getty Images
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Policial da NY toca sino para indicar momento de silêncio na celebração dos 20 anos do 11 Setembro • Chip Somodevilla - 11.set.2021/Getty Images
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‘Sobrevivente do 11/9 WTC’, diz mensagem de homem que acompanhava cerimônia dos 20 anos do atentado em Nova York • Michael M. Santiago - 11.set.2021/Getty Images
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Parente faz decalque com o nome de uma das vítimas dos atentados de 11 de Setembro • Michael M. Santiago - 11.set.2021/Getty Images
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Pessoas tocam no memorial do 11/9, em Nova York; ataques terroristas deixaram quase 3 mil mortos • Michael M. Santiago - 11.set.2021/Getty Images
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Cerimonia presta homenagem às vítimas do 11 de Setembro • CNN
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Bruce Springsteen canta I'll see you in my dreams em homenagem às vítimas do 11 de Setembro • CNN / Reprodução
Há 20 anos, o mundo assistia em choque aos atentados movidos pelo grupo terrorista Al Qaeda contra os Estados Unidos.
Quase 3.000 pessoas morreram nos ataques ao World Trade Center, em Nova York, no Pentágono e na Pensilvânia, onde o avião caiu em um campo, evitando que outro alvo – provavelmente a Casa Branca ou o Capitólio – fosse atingido.
No aniversário de um acontecimento que mudou os rumos da história – com desdobramentos recentemente assistidos na retomada de poder pelo Talibã no Afeganistão, por exemplo –, lideranças políticas dos EUA passaram o sábado (11) dedicadas a comparecer a homenagens às vítimas, sobreviventes e familiares que perderam entes nos ataques.
O presidente Joe Biden e a primeira-dama Jill Biden se juntaram aos ex-presidentes Barack Obama e Bill Clinton logo pela manhã, na parte baixa de Manhattan, para a cerimônia de homenagens no Memorial Nacional do 11 de Setembro.
Um minuto de silêncio foi feito no Memorial Nacional para marcar o horário exato de quando o primeiro avião, da American Airlines, atingiu a torre norte do World Trade Center.
Na cerimônia, os membros das famílias leram os nomes de todas as vítimas dos ataques de 11 de setembro de 2001. No ano passado, a cerimônia anual de leitura de nomes foi alterada devido à pandemia de Covid-19, com nomes gravados tocados em alto-falantes para evitar aglomerações.
Biden não deve fazer discursos na data dos 20 anos, e, por isso, divulgou seu comunicado oficial sobre o tema na noite de sexta-feira (10).
“Como nação, nunca devemos esquecer aqueles que perdemos durante um dos momentos mais sombrios de nossa história e a dor duradoura de suas famílias e entes queridos”, escreveu no Twitter.
O presidente americano comparecerá a todos os lugares atingidos pelas aeronaves ao longo do sábado.
Homenagens no Pentágono
O Pentágono, sede do Departamento de Defesa dos Estados Unidos, em Washington, fez uma cerimônia lembrando das vítimas dos ataques que foram direcionados ao prédio.
Em 11 de setembro de 2001, paralelamente aos ataques nas Torres Gêmeas, um voo da American Airlines com 64 passageiros a bordo se chocou com o Pentágono e matou cerca de 120 pessoas.
Ainda pela manhã, minutos após o mesmo ato na cidade de Nova York, um momento de silêncio em memória às vítimas que morreram no prédio foi feito. Um coral de militares acompanhou o rito e cantou o hino “Amazing Grace”.
Kamala Harris e George W. Bush discursam na Pensilvânia
A Pensilvânia também prestou homenagens às vítimas dos ataques do 11 de setembro. No estado, uma quarta aeronave – também sequestrada por terroristas – caiu em campo aberto após passageiros se voltarem contra os terroristas que haviam sequestrado o avião.
No momento em que o avião caiu na Pensilvânia, os ataques ao World Trade Center e ao Pentágono haviam acontecido alguns minutos antes.
Neste sábado, oficiais do memorial em Shanksville, na Pensilvânia, leram os nomes dos passageiros e da tripulação e tocaram os sinos para cada uma das vítimas.
A vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, e o presidente dos EUA no dia dos ataques, George W. Bush, fizeram discursos no local.
Bush afirmou que viu os Estados Unidos se ajudarem naquele momento de grande dor e perda de vidas.
“Venho sem explicações ou soluções. Só posso dizer o que vi. No dia de luto da América, vi milhões de pessoas instintivamente agarrarem a mão de um vizinho e se unirem pela causa de um outro. Essa é a América que eu conheço “, disse.
Kamala Harris destacou que o dia era de memória, mas também conversa com o futuro.
“Neste 20º aniversário, nesse dia solene, nós devemos nos desafiar a olhar, sim, para o passado, em nomes de nossas crianças e dos filhos [das vítimas]. E, por essa razão, também devemos olhar para frente. No fim, eu acredito que o que os 40 [passageiros e tripulação do voo 93] desejavam era lutar pelo seu e pelo nosso futuro”, afirmou.
Biden reúne-se com familiares de vítimas na Pensilvânia
Como parte do itinerário do dia, Biden chegou à Pensilvânia para reunir-se diretamente com as famílias dos passageiros do voo 93 no começo da tarde (horário de Brasília).
Ele foi recebido por Gordon Felt, representante da associação criada pelas famílias. Felt discursou no momento e reforçou o desejo de que os documentos sobre o atentado fossem desclassificados como sigilosos – movimento que já foi ordenado por Biden na última semana.
Biden deve partir da Pensilvânia para a última agenda do dia de homenagens no Pentágono. No entanto, ainda não há expectativa de novos discursos por parte do presidente americano.
Biden comenta sobre Bush e visita ao memorial do Pentágono
O presidente americano falou brevemente com repórteres enquanto visitava o Corpo de Bombeiros Voluntários de Shanksville.
“É um dia difícil para todos que perderam alguém – e eu sei que já me ouviram dizer isso antes, e provavelmente vou ser criticado por dizer isso novamente, mas esses memoriais são realmente importantes”, disse Biden.
Antes de partir para o Pentágono, o presidente também elogiou o discurso do ex-presidente Bush, feito mais cedo na Pensilvânia.
“O presidente Bush fez um discurso realmente bom hoje, um discurso genuinamente bom, sobre quem somos. O centro de quem somos não está dividido, é apenas uma noção. Não sei como explicá-la”, afirmou.
Na cerimônia que encerrou o dia, Biden estava acompanhado de Kamala Harris, de Lloyd Austin – secretário de Defesa dos EUA – e do general Mark Milley, chefe do Estado Maior.
Especial
A CNN Brasil apresentou uma programação especial neste sábado, 11/09, em transmissão simultânea com a CNN americana e com correspondentes espalhados pelos Estados Unidos, em homenagem às vítimas do atentado que completa 20 anos. Confira: