Tênis: Emma Raducanu e Leylah Fernandez farão final mais jovem do US Open desde 1999
Britânica de 18 anos e canadense de 19 anos se enfrentam, no sábado (11), em busca do primeiro título de Grand Slam após surpreenderem e fazerem história no torneio
A final feminina do US Open de tênis será uma batalha entre duas jovens, após a britânica Emma Raducanu avançar para sua primeira final de Grand Slam ao derrotar a grega Maria Sakkari, número 17 no ranking da WTA, por 6-1 e 6-4 nas semifinais na noite de quinta-feira (9).
Raducanu, de 18 anos, enfrentará a canadense Leylah Fernandez, de 19 anos, na final no Estádio Arthur Ashe, no sábado (11), na primeira grande final entre jovens promessas desde 1999, quando Serena Williams derrotou Martina Hingis.
Ambas as jogadoras tiveram campanhas impressionantes no US Open e já fizeram história.
Raducanu, 150º colocada no ranking mundial, teve que passar pela fase de classificação para entrar na chave principal do torneio. Ela foi a primeira jogadora vindo da classificação a chegar às semifinais do US Open na era recente – e é apenas sua segunda aparição em um torneio importante. E ainda não perdeu nenhum set no torneio, incluindo nas três rodadas de qualificação.
No sábado, ela jogará não apenas por seu primeiro título importante, mas por seu primeiro título no circuito da WTA. Após sua partida contra o Sakkari, Raducanu disse que sabia que teria que jogar seu melhor tênis “se quisesse ter uma chance”.
“Eu sabia que seria uma partida muito difícil, jogar contra Maria Sakkari. Ela é uma jogadora incrível, provavelmente uma das melhores atletas atualmente”, disse Raducanu em sua coletiva de imprensa pós-jogo. “Honestamente, acho que joguei meu melhor tênis hoje.”
Raducanu é também a mais jovem finalista de Grand Slam desde que Maria Sharapova venceu Wimbledon em 2004. Ela pretende se tornar a primeira mulher britânica a vencer um torneio importante desde que Virginia Wade ganhou Wimbledon em 1977.
Em sua trajetória no US Open, Raducanu venceu duas jogadoras classificadas entre as 20 primeiras do ranking da WTA: Sakkari, 18º colocada, e Belinda Bencic, 12º colocada.
Sobre sua performance emocionante até agora, Raducanu disse que foi “uma surpresa”. “Honestamente, eu simplesmente não consigo acreditar. Um choque. Loucura. Todas as opções acima.”
“Significa muito estar aqui nesta situação. Eu obviamente queria jogar Grand Slams, mas não sabia quando isso seria. Estar em uma final de Grand Slam nesta fase da minha carreira… não tenho palavras”, disse ela.
Fernandez, por sua vez, tem sido uma competidora fulminante, batendo duas ex-campeãs do US Open: a número 3 do mundo, Naomi Osaka, e a número 17, Angelique Kerber, além de derrotar a 5ª colocada no ranking, Elina Svitolina.
Para chegar à final, Fernandez derrotou a número 2 do mundo, Aryna Sabalenka, de Belarus, por 7-6 (3), 4-6, 6-4 na noite de quinta-feira no Estádio Arthur Ashe.
Após sua vitória nas semifinais, Fernandez descreveu sua experiência no US Open como “mágica”.
“Acho que uma palavra que realmente me prendeu é ‘mágica’, porque não só a minha trajetória é muito boa, mas também a maneira como estou jogando agora”, disse ela na coletiva de imprensa após a partida.
“Estou apenas me divertindo, tentando produzir algo para a multidão aproveitar. Fico feliz que seja o que for que estou fazendo na quadra, os fãs estão adorando e eu também estou adorando. Direi que é mágico.”
Classificada em 73º lugar antes do US Open, Fernandez deve saltar para o top 40 na segunda-feira (13).
Expectativa para a final
A emoção para a final já está se formando, com muitas pessoas comentando nas redes sociais sobre como a partida é uma vitória para as famílias de imigrantes.
Raducanu é filha de pai romeno e mãe chinesa e Fernandez é filha de mãe canadense-filipina e pai equatoriano.
Quando ouviu de repórteres, após a semifinal, que as Filipinas agora têm interesse no tênis por causa dela, Fernandez disse “uau”.
“Estou muito feliz em saber que todos nas Filipinas estão torcendo por mim e me apoiando. Então, obrigada”, disse ela, acrescentando que estava ansiosa para comer a comida filipina do “lolo” (avô).
Após a partida, Raducanu disse que ter uma mãe chinesa “definitivamente incutiu desde muito jovem trabalho duro e disciplina” e que ela admirava a estrela do tênis chinês Li Na.
“Quando eu era mais jovem, me inspirava muito em Li Na. E mesmo agora, pela forma como ela é uma competidora feroz”, disse Raducanu sobre a bicampeã do Grand Slam.
(Texto traduzido; leia o original em inglês)