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    Ministério não deve vacinas ao estado de SP, diz secretário-executivo

    "De acordo com nosso planejamento, não há o que se falar em apagão ou atraso. Estamos no prazo", diz Rodrigo Cruz

    Tainá Falcãoda CNN Em São Paulo

    O secretário-executivo do Ministério da Saúde, Rodrigo Cruz, negou que o governo federal esteja devendo vacinas ao estado de São Paulo e as entregas estão dentro do planejado.

    O governo de São Paulo divulgou uma nota informando que há um “apagão” na segunda dose da AstraZeneca no estado, e cobrou o envio de 1 milhão de doses do governo federal.

    A prefeitura de São Paulo informou nesta quinta-feira (9) que está com desabastecimento de vacinas contra a Covid-19. Segundo o secretário municipal de Saúde, Edson Aparecido, o imunizante está em falta em cerca de metade dos 468 postos de saúde da capital paulista.

    A Secretaria Municipal de Saúde da capital paulista informou que espera receber nesta quinta-feira 254.556 doses da vacina da Pfizer e 128.510 da Coronavac do governo do estado. Já as doses da AstraZeneca dependem de entrega do Ministério da Saúde, segundo a pasta.

    À CNN, Cruz disse que foram distribuídas 21,6 milhões de doses da AstraZeneca, sendo 12,4 milhões para primeira dose e 9,2 milhões para segunda dose.

    Cruz afirma que, de acordo com o que foi registrado no sistema Localiza SUS pelo estado, São Paulo aplicou 14 milhões de D1 e 6,6 milhões de D2, e o restante pode ter sido reservado próprios municípios.

    “De acordo com nosso planejamento, não há o que se falar em apagão ou atraso. Estamos no prazo”, diz Cruz. “As próximas entregas são suficientes para honrar com nosso planejamento”, conclui.

    O ministério da Saúde assegura que receberá 5,1 milhões de doses do imunizante na próxima semana e deve enviar a São Paulo, aproximadamente, 1 milhão de doses da vacina.

    À noite, após as declarações de Cruz, a Secretaria de Saúde de SP emitiu nota e reafirmou as críticas ao governo federal.

    Leia a íntegra:

    “O Plano Estadual de Imunização (PEI) executou todo o calendário de vacinação com base nas perspectivas de entregas de doses publicizadas no próprio site do Ministério da Saúde, que por diversas vezes falhou nas entregas programadas e frustrou a dinâmica de vacinação no Brasil em momentos distintos.

    Mesmo diante da inércia, falta de planejamento e problemas na distribuição e logística de vacinas por parte do órgão federal, o Estado já aplicou mais 55,2 milhões de doses de vacinas e tem mais de 96,9% de seus adultos vacinados, sendo 56,3% com esquema vacinal completo. Do total de doses aplicadas, 21,7 milhões referem-se ao imunizante da Astrazeneca.

    Em eventual indisponibilidade de mais remessas da Astrazeneca, o Estado aguarda envio imediato de doses da Pfizer para suprir esta demanda e concluir os esquemas em conformidade com a solução de intercambialidade indicada pelo próprio PNI (Programa Nacional de Imunizações).”