Preço de cesta básica sobe em 13 das 17 capitais pesquisadas, aponta Dieese
Maiores aumentos foram em Campo Grande (3,48%), Belo Horizonte (2,45%) e Brasília (2,10%); em comparação com o mesmo mês no ano passado, valor dos alimentos subiu em todas as cidades analisadas
O custo médio da cesta básica de alimentos no Brasil aumentou em 13 das 17 capitais analisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
As maiores altas foram registradas em Campo Grande (3,48%), Belo Horizonte (2,45%) e Brasília (2,10%). O levantamento foi divulgado na quarta-feira (8) e compara agosto com o mês anterior.
A Pesquisa Nacional dos Alimentos básicos aponta que a cesta mais cara em agosto foi a de Porto Alegre, que custa R$ 664,67. Logo em seguida aparecem os municípios de Florianópolis (R$ 659,00), São Paulo (R$ 650,50) e Rio de Janeiro (R$ 634,18). Os menores valores foram registrados em Aracaju e Salvador, custando R$ 456,40 e R$ 485,44, respectivamente.
O levantamento mostra que o preço do conjunto de alimentos básicos sobe há pelo menos doze meses em todas as capitais que fazem parte da análise. E ressaltou que os percentuais oscilaram entre 11,90%, em Recife, e 34,13%, em Brasília.
De acordo com a pesquisa, as maiores altas entre os produtos da cesta são referentes ao quilo do café, do açúcar, além do litro de leite e o quilo da manteiga.
O preço do café em pó subiu em todas as capitais pesquisadas pela Dieese, enquanto o açúcar apresentou elevação de preço em 16 das 17 cidades do levantamento. Já o litro do leite integral teve acréscimo em 14 capitais e o quilo da manteiga, em 12, entre julho e agosto deste ano.
Mesmo em período de colheita, os preços do café e do açúcar seguem em alta, principalmente, devido às geadas do fim de julho e à redução da oferta. Já em relação aos laticínios, a menor oferta de leite no campo fez com que houvesse uma “disputa acirrada” entre as indústrias para a compra de matéria-prima, levando ao aumento dos preços, segundo o Dieese.
“O tempo médio necessário para adquirir os produtos da cesta, em agosto, ficou em 113 horas e 49 minutos (média entre as 17 capitais), maior do que em julho, quando foi de 113 horas e 19 minutos”, diz um trecho do levantamento da Dieese.
Com base na cesta básica mais cara do país, a de Porto Alegre, o Dieese estima que o salário-mínimo deveria ser equivalente a R$ 5.583,90, o que corresponde a 5,08 vezes o piso nacional vigente, de R$ 1.100,00. A estimativa foi feita com base em uma família de quatro pessoas, com dois adultos e duas crianças.