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    Diego Costa critica queda do Botafogo: “Faltou humildade”

    Glorioso liderou grande parte do campeonato, mas perdeu o gás no segundo turno

    Pedro Leite, Leonardo Gimenezda Itatiaia

    Um dos jogadores mais experientes do elenco do Botafogo, Diego Costa afirmou, após o empate contra o Cruzeiro, que faltou humildade ao Glorioso para ser campeão brasileiro em 2023.

    O clube carioca liderou grande parte do Campeonato Brasileiro, mas chegou ao décimo jogo seguido sem vencer na temporada. Com o longo jejum de vitórias, a equipe não tem mais chances de levar o título.

     

     

    “É um momento que não tem justificativa. O torcedor tem total razão de estar insatisfeito por essa performance que temos nos últimos meses. Mas não podemos apagar tudo o que esse grupo conquistou durante a temporada. Eles fizeram um primeiro turno fora da média. No segundo turno, pode-se dizer que faltou um pouco de maturidade, humildade, de saber que o campeonato só acaba no último jogo. Nesse oba-oba, o torcedor pode ter o direito de sonhar, de se iludir, porque o que fazíamos era normal o torcedor ficar eufórico. Mas, nós, dentro, não poderíamos ter pego essa atmosfera de fora”, declarou.

    Segundo Diego Costa, os jogadores são os únicos culpados pela queda brusca de rendimento do Botafogo na reta final do Brasileirão. O centroavante eximiu os técnicos Bruno Lage e Lúcio Flávio de culpa pelos maus resultados no segundo semestre de 2023.

    “Uma coisa que o futebol faz é pagar. Se for falar o que está acontecendo é que faltou um pouco de humildade. Que sirva de aprendizado para todos que estão aqui, que o futebol paga, cobra. Algo positivo que tenha que tirar é uma lição moral, pessoal. Cada um tem que fazer autocrítica, porque ficar três meses, dez jogos sem ganhar, não é admissível para o grupo que o Botafogo tem e criou no primeiro turno. Se existe um culpado aqui, não é diretoria, não são treinadores, porque deixamos claro que não foi culpa dos treinadores e sim de nós, jogadores”, complementou.

    Elogios a John Textor

    Após o duelo contra o Cruzeiro, Diego Costa lamentou a má fase do Botafogo, mas rasgou elogios ao projeto liderado pelo norte-americano John Textor.

    “Tem que assumir a responsabilidade. Ser homem quando as coisas também vão mal, porque, quando se está ganhando, é muito fácil fazer oba-oba, falar. Também tem que dar parabéns a tudo que eles construíram. Sabemos de toda a realidade do clube. Tem uma pessoa que vem apostando, investindo. É um investimento de longo prazo. Fizemos uma campanha brilhante. Se não fosse tudo o que construímos no primeiro turno… mas é isso, servir de aprendizado. Futebol tem que ter humildade. No futebol, só acaba quando termina”, disse o camisa 19.

    Futuro em aberto

    No Nilton Santos, no Rio de Janeiro, Diego Costa também deixou o seu futuro em aberto com a camisa do Botafogo. O contrato do atacante de 35 anos é válido até o fim desta temporada.

    “Eu não tenho nada a pensar nesse momento. Vim com o intuito de poder ajudar da melhor maneira possível, com a consciência tranquila que poderia estar aqui para ajudar o grupo. Não foi como eu esperava em termos de oportunidades e minutagem. Eu queria manter essa ambição. Sei que tenho condições que poderia ajudar de uma maneira melhor dentro de campo. Foram opções, situações que o grupo vinha ganhando sempre. É normal. Mas, (sobre) meu futuro, não estou pensando agora. Estou pensando no hoje. Acho que tem mais um jogo para definir tudo. Superar essa frustração que está sendo não para o torcedor, mas para mim pessoalmente”, encerrou.

    Na temporada, Diego Costa marcou três gols em 14 partidas pelo Botafogo.


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