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    Entidade empresarial defende permanência da Argentina no Mercosul

    União Industrial Argentina, presidida por Daniel Funes de Rioja, espera que organização "se revitalize, se redimensione e se modernize"

    Daniel Rittnerda CNN , Brasília

    O presidente da União Industrial Argentina (UIA), Daniel Funes de Rioja, defendeu à CNN a continuidade do Mercosul e a permanência de seu país como sócio do bloco.
    “Estamos a favor não somente de um Mercosul que subsista, mas de um Mercosul que se revitalize, que se redimensione, que se modernize”, afirmou Funes de Rioja, após ter participado do XI Fórum Empresarial do Mercosul, que ocorreu na semana passada, em Brasília.

    A Confederação Nacional da Indústria (CNI), anfitriã do encontro, a UIA, a Câmara de Indústrias do Uruguai e a União Industrial Paraguaia assinaram um documento com prioridades para o bloco.

    Entre as iniciativas apontadas pelas quatro entidades empresariais estão a conclusão do acordo de livre comércio União Europeia-Mercosul, a implantação do acordo já firmado de facilitação de comércio (simplificação de procedimentos aduaneiros) do Mercosul e maior convergência de regras.

    Veja também: Desvalorização do peso é esperada após resultado da eleição

    Um comunicado da CNI enfatiza que é “necessário que a integração dos países do bloco avance com critérios comuns, reconhecimento mútuo de certificações, registros e autorizações de produtos, para favorecer a integração produtiva e o comércio, simplificando o cumprimento dos requisitos técnicos e sanitários e reduzindo a burocracia e as formalidades que, em muitos casos, criam obstáculos ao comércio, à logística e à integração das cadeias de valor regionais, especialmente para as pequenas e médias empresas”.

    A permanência da Argentina no Mercosul foi colocada em xeque pelo presidente eleito Javier Milei, que criticou duramente o bloco durante a campanha e defendeu uma abertura comercial mais rápida.

    Já eleito, contudo, Milei mudou sua postura e evitou críticas contundentes ao Mercosul. Ele também enviou sua futura chanceler, Diana Mondino, para um encontro com o ministro brasileiro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, em que o compromisso com o bloco foi reafirmado.

    A reunião, que marcou um apaziguamento entre o entorno de Milei e o governo Lula no Brasil, foi costurado pelo embaixador da Argentina em Brasília, Daniel Scioli. Ele tem atuado como “bombeiro” para amenizar o mal-estar e recebeu convite para permanecer no cargo, o que é visto com satisfação pelo setor produtivo argentino, conforme disse o presidente da UIA.

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