Molica: Anvisa também deveria cobrar de Bolsonaro respeito às regras sanitárias

No quadro Liberdade de Opinião desta segunda-feira (6), o jornalista Fernando Molica repercutiu a interrupção do jogo entre Brasil e Argentina, válido pelas Eliminatórias da Copa do Mundo, por agentes da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

A interdição ocorreu porque quatro jogadores argentinos que vieram da Inglaterra foram acusados de prestar falsa informação sanitária e de não fazer a quarentena exigida para entrar no Brasil. Em nota, a Conmebol confirmou a suspensão do jogo por decisão do árbitro da partida, que, nos próximos dias, vai enviar um relatório ao comitê disciplinar da Fifa.

“Tudo indica que a Argentina foi malandra demais e a Anvisa foi malandra de menos. Formalmente, cumpriu o que tinha que ser feito, fez reuniões, informou, mas aparentemente houve um excesso de confiança”, analisou Molica. “Enfim, foi feito tudo direitinho? Ou será que houve algum tipo de negociação informal?”

“A Anvisa nessa história fica um pouco meio de Santo Antônio em casa de má fama. Estamos vivendo num país em que o presidente da República desrespeita sucessivas normas sanitárias, principalmente estaduais e municipais. Ele promove aglomerações, vai sem máscara, é multado e está pouco se lixando”, continuou o jornalista.

“Que bom que a Anvisa tenta botar ordem na história, mas seria interessante também combinar com o presidente da República para que ele deixasse de fazer isso. A partir de agora, as autoridades estaduais têm mais direito de tomar atitudes radicais como essa que foi tomada ontem pela Anvisa”, concluiu.

O Liberdade de Opinião tem a participação de Fernando Molica e Alexandre Garcia. O quadro vai ao ar diariamente na CNN. Nesta segunda-feira, excepcionalmente, teve a participação de Gisele Soares.

As opiniões expressas nesta publicação não refletem, necessariamente, o posicionamento da CNN ou de seus funcionários.

(Publicado por Daniel Fernandes)