União Europeia e AstraZeneca chegam a acordo sobre entrega de vacinas
Briga foi parar na justiça após AstraZeneca não conseguir cumprir com a entrega de doses dentro do prazo estipulado no contrato
A União Europeia (UE) e a farmacêutica Astrazeneca estabeleceram um acordo para acabar com o debate sobre a escassez de vacinas contra a Covid-19. Os problemas no fornecimento dos imunizantes para o bloco europeu devem ser solucionados, uma vez que a farmacêutica se comprometeu a entregar as milhões de doses de vacinas já previstas no contrato de compra.
Até o final de setembro, a Astrazeneca se comprometeu a liberar 60 milhões de doses de vacina; outros 75 milhões serão fornecidos até o fim de 2021. Já os 65 milhões restantes chegarão à UE nos primeiros meses de 2022. Após estas remessas, a empresa terá cumprido o fornecimento de um total de 300 milhões de vacinas.
A briga foi parar na justiça em abril, depois da AstraZeneca não conseguir cumprir com a entrega de doses dentro do prazo estipulado. Autoridades europeias acusavam a empresa de destinar ao Reino Unido lotes produzidos em seus países membros. Já a AstraZeneca recorreu a uma cláusula de melhores esforços, alegando que teve problemas técnicos e logísticos, devido à enorme demanda por vacinas.
O atraso no fornecimento prejudicou a campanha de vacinação na Europa, que ficou marcada pela lentidão nos primeiros meses de 2021.
A AstraZeneca foi desenvolvida em parceria com a Universidade de Oxford, na Inglaterra e, no início da pandemia, era a principal aposta de vários governos para combater a Covid-19. No Brasil, o imunizante é produzido pela Fiocruz.
Atualmente, os principais suprimentos de vacinas da União Europeia vêm da Pfizer, mas de acordo com a comissária de saúde do bloco, Stella Kyriakides, a disponibilidade de doses continua sendo crucial, já que há diferenças consideráveis entre as taxas de vacinação dos estados-membros. Em média, 70% dos adultos residentes já estão completamente vacinados.