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    Vaca louca pode impactar produtores de carne, diz sócio-diretor da MB Agro

    José Carlos Hausknecht explica que Brasil proíbe a alimentação de origem animal aos bois e vacas e, por isso, casos da doença devem ser "atípicos"

    Produzido por Jorge Fernando Rodriguesda CNN , em São Paulo

    O Brasil confirmou neste sábado (4) dois casos de “mal da vaca-louca”, encefalopatia espongiforme bovina, em frigoríficos de Mato Grosso e Belo Horizonte. As ocorrências, no entanto, são avaliados como “atípicos”, ou seja, não são consequência da alimentação.

    De acordo com o Ministério da Agricultura, seguindo os protocolos sanitários firmados, ficam suspensas temporariamente as exportações de carne bovina para a China.

    A avaliação das autoridades chinesas sobre o caso pode afetar a compra de carne e, com isso, impactar os produtores brasileiros, é o que explica o sócio-diretor da MB Agro Consultoria, José Carlos Hausknecht.

    “A gente nunca sabe o que vai acontecer e qual vai ser a reação da China. Tudo indica que é um caso atípico, e como aconteceu no passado, assim que confirmar que é um caso atípico, os chineses voltam a importar e tudo volta ao normal. Agora, se demorar muito para voltar, com certeza terá um impacto significativo nos preços da carne bovina no Brasil.”

    Com isso, toda a carne destinada para exportação teria que ser encaminhada ao consumo interno do Brasil e os preços sofreriam enorme queda.

     

     

     

    Este cenário, todavia, é descartado pelos especialistas por diversos motivos. O principal deles é por ser um caso de origem espontânea.

    “Tudo indica que é um caso atípico, e como aconteceu no passado, assim que confirmar que é um caso atípico, os chineses voltam a importar e tudo volta ao normal. Agora, se demorar muito para voltar, com certeza terá um impacto significativo nos preços da carne bovina no Brasil.”

    José Carlos também explica que no Brasil nunca foi detectado um caso clássico de “mal da vaca-louca”, uma vez que a legislação impede que bois e vacas recebam ração de origem animal.

    “A gente tem um sistema que proíbe o oferecimento de ração animal para os animais, para as vacas e bois, etc, então o risco aqui no Brasil é praticamente nulo.”

    O especialista destaca, ainda, que a China não poderia ficar tanto tempo sem comprar do Brasil, por não haver outro mercado internacional que supra suas necessidades internas.

    “A gente está com baixa oferta no mercado internacional e, portanto, ela também depende do Brasil para se suprir de carne bovina.”

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