Honda CG faz 45 anos: veja a história do veículo mais vendido do Brasil
Com quase cinco décadas de produção, primeira moto nacional da marca segue forte na preferência dos brasileiros
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Com 9,2 milhões de unidades vendidas desde seu lançamento em 1980, o Volkswagen Gol é de longe o carro mais vendido do Brasil. Só que isso não significa que ele é o veículo mais comercializado do país. Esse posto é da Honda CG, moto que está em linha ininterrupta desde 1976 por aqui, e que já passou de 13,5 milhões de unidades vendidas.
Há 45 anos, a Honda CG foi a primeira moto da marca a ser fabricada no Brasil. Até hoje, o modelo sai da linha de montagem de Manaus (AM) da empresa. Fruto de uma adaptação para o mercado nacional, foi uma solução contra a proibição das importações decretada pelo então governo militar. Apesar da origem humilde, a moto ainda é a preferida dos brasileiros.
Agora no mês de setembro, 102.711 motocicletas 0 km foram emplacadas de acordo com a Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores). Dessas, 30.632 unidades eram do modelo da Honda. Ou seja, ainda hoje, praticamente uma em cada três motos vendidas no Brasil são uma CG.
Confira agora um pouco da história da moto:
A pioneira de 1976
Há 45 anos, eram poucas as opções de motos 0 km baratas no Brasil. A CG era uma delas. Naquele tempo, a Honda oferecia a CG 125 em outros mercados, com um moderno (na época) motor de comando de válvulas no cabeçote. Sabendo das condições ruins de nossas vias e da falta de estrutura, a marca optou por um motor mais antigo, com o acionamento de válvulas por meio de varetas.
Junto a outras adaptações para tornar seu chassi mais resistente, foi assim que a Honda CG 125 chegou às lojas em 1976, tendo Pelé como garoto propaganda. Logo a moto conquistou fama pela robustez e economia, algo que é uma das marcas da CG até hoje, muitas gerações depois. Mas é sempre bom lembrar que foi essa pequena e carismática moto cheia de cromados que pavimentou o caminho da marca por aqui.
Mais pioneirismo
Ainda na primeira geração da CG 125, a Honda adotou uma solução já vista na indústria automotiva para driblar os efeitos das seguidas crises do petróleo na década de 1970. Em 1981, a empresa apresentou a CG 125 Álcool, a primeira moto do mundo a sair de fábrica podendo ser abastecida com etanol. Para ajudar nas partidas a frio, recebia até um tanque auxiliar de gasolina sob o banco.
Desde muito cedo na carreira, a Honda sempre investiu bastante em versões diferentes sobre a plataforma da CG. Nos primeiros anos havia a opção pela luxuosa ML, com atributos como freio a disco e marcador de combustível, e pela esportiva Turuna. Em 1988, veio a CG Cargo, que dispensava o banco do garupa em prol de um suporte de carga reforçado. Já em 1994 surgiu o nome TItan, que até hoje é usado para a versão mais completa da moto.
Atrasos e estreias
Em 2009 foi a vez de não ficar mais para trás. Com a entrada em vigor de novas regras de emissões de poluentes, a Honda CG, então com motor 150, finalmente aposentou o carburador e adotou a injeção eletrônica de combustível. Com a nova tecnologia, foi possível fazer com que a moto entrasse na era flex. Ela foi a primeira moto do mundo a poder rodar tanto com gasolina quanto com etanol.
A CG do 7×1
Em 2014, a Honda fez como muitas outras montadoras e apresentou uma série comemorativa à Copa do Mundo no Brasil naquele ano. A então CG 150 EX BR trazia pintura predominantemente amarela com detalhes azuis, semelhante às cores da Seleção Brasileira de Futebol. Pena que ninguém sabia ainda como seria o final do campeonato.
De 2015 até hoje, uma CG
A atual Honda CG está na mesma geração de 2015, quando foi apresentada a linha 2016. A moto ganhou um chassi mais leve e reforçado, e suspensão dianteira onde a mola fica em uma bengala e o fluído hidráulico na outra. Essa tecnologia de garfo telescópico com funções separadas deixa a peça mais leve e era encontrada apenas em motos grandes.
Seu motor subiu de cilindrada para 162,7 cm³, o que mudou o nome da moto para CG 160. Moderno, é feito de alumínio, conta comando de válvulas acionado por corrente e faz uso de rolamentos nos componentes móveis, reduzindo o atrito e aumentando a vida útil do motor. Flex, exceto pela versão mais barata, consegue entregar até 15,1 cv de potência. Seus preços partem de R$ 10.520.