ANP: Preço médio da gasolina sobe pela 5ª semana e supera R$ 6 por litro
Valor da gasolina nos postos tem avançado ininterruptamente desde a primeira semana de agosto
O preço médio da gasolina nos postos de combustíveis do Brasil avançou pela quinta semana consecutiva e superou pela primeira vez a marca de R$ 6 por litro, conforme pesquisa publicada nesta sexta-feira (3) pela ANP ( Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), que também mostrou aumentos nos valores do óleo diesel e do etanol.
Segundo o levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, a cotação média da gasolina comum nas bombas atingiu R$ 6,007 por litro nesta semana, alta de 0,41% em relação à anterior.
O valor da gasolina nos postos brasileiros tem avançado ininterruptamente desde a primeira semana de agosto, de acordo com a agência reguladora. Na atual pesquisa, a ANP chegou a encontrar o combustível à venda por até R$ 7,199/litro.
Combustível mais consumido do Brasil, o óleo diesel anulou a perda que havia sido registrada na semana passada e também avançou 0,41% na atual, alcançando média de R$ 4,627 por litro.
Já o etanol, concorrente direto da gasolina nas bombas, apurou alta de 1,0% nesta semana, também a quinta consecutiva de ganhos, para R$ 4,611 por litro.
Nas usinas, o biocombustível ampliou ganhos e avançou 1,15% na semana, considerando a referência medida pelo Cepea/Esalq em São Paulo.
Os preços dos combustíveis têm sido um tópico sensível em meio ao salto da inflação no país.
O presidente Jair Bolsonaro entrou com ação no Supremo Tribunal Federal (STF) nesta sexta para obrigar o Congresso Nacional a editar, em 120 dias, uma lei com o objetivo de uniformizar as alíquotas praticadas pelos Estados no ICMS dos produtos, parte dos fatores pelos quais o governo justifica o aumento nos preços.
Ao mesmo tempo, a Petrobras iniciou uma campanha de esclarecimento sobre o preço da gasolina, buscando mostrar que recebe 2 reais do valor de venda da gasolina nas bombas e destacar, em linha com a visão de Bolsonaro, o peso do ICMS na formação dos preços finais.
Além do valor nas refinarias e dos impostos, os preços dos combustíveis no Brasil também levam em conta fatores como as margens de distribuição e revenda.