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    Queiroga nega rumores de saída da Saúde: “Não pedi, nem vou pedir demissão”

    Em sua fala, ministro afirmou que há uma "indústria de boatos" que tenta desestabilizar o governo

    Daniel Fernandesda CNN* , Em São Paulo

    O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, negou rumores de que pretendia deixar a pasta, e afirmou nesta quinta-feira (2), em coletiva de imprensa, que não pedirá demissão do ministério.

    Em sua fala, o ministro afirmou que há uma “indústria de boatos” que tenta desestabilizar o governo.

    “Não sei a quem interessa a indústria de boatos, de fake news, somente para tentar desestabilizar o governo inventando divisões do Ministério da Saúde“, disse Queiroga.

    Nem pedi demissão, nem vou pedir demissão. Estarei aqui no Ministério da Saúde até o dia que o presidente da República entender que eu sou útil à nação brasileira

    Marcelo Queiroga, ministro da Saúde

    ‘Passaporte da vacina’

    Questionado por repórteres sobre a ideia da criação de um “passaporte da vacina”, Queiroga afirmou que, assim como o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), é contrário à ideia. Segundo o ministro, os comprovantes seriam “inúteis”.

    “São passaportes inúteis, até porque a população brasileira acima de 18 anos vai estar vacinada com a primeira dose agora em setembro e com a segunda dose no final de outubro”, analisou.

    O chamado “passaporte da vacina” tem como objetivo estimular a imunização de parte da população que ainda não buscou os postos de vacinação.

    Para o infectologista Álvaro Furtado, do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (USP), a criação do passaporte da vacina pode ser benéfica diante da dificuldade de promover uma flexibilização mais lenta das medidas de restrição.

    “Do ponto de vista de transmissão, ao colocar num ambiente pessoas com duas doses de vacina, a probabilidade dessa pessoa estar doente ou pegar a doença é menor do que alguém que não tenha tomado nenhuma vacina”, afirmou o médico.

    Segundo o infectologista, o passaporte da vacina é uma alternativa que deve ser combinada com as medidas chamadas “não farmacológicas” já conhecidas, como o uso de máscaras, o distanciamento social e a higienização das mãos com regularidade para evitar novos surtos da doença.

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    (*Com informações de Lucas Rocha, da CNN, em São Paulo)

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