Como incêndios florestais podem prejudicar a nossa saúde
No quadro Correspondente Médico, Fernando Gomes analisou o efeito da poluição no nosso organismo
Na edição desta quinta-feira (2) do quadro Correspondente Médico, do Novo Dia, o neurocirurgião Fernando Gomes explicou como incêndios florestais podem prejudicar a nossa saúde.
Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) mostram que agosto teve um aumento de 17% nos incêndios em relação ao mesmo mês de 2020. Os focos de incêndio no intervalo entre janeiro e agosto de 2021 foram mais de 130% maiores do que o mesmo período do ano passado.
Além dos danos ao meio ambiente, os incêndios fazem mal para a saúde. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a poluição, que é um dos resultados dos incêndios, causa mais de 7 milhões de mortes por ano no mundo, sendo cerca de 650 mil crianças.
Fernando Gomes ressalta que incêndios florestais não impactam apenas o nosso sistema respiratório. “Existem inferências de que males neurológicos, como doenças neurodegenerativas — e aqui falamos do Parkinson, Alzheimer e outros tipos de demência — podem ter correlação com essa exposição a poluentes”, afirmou o médico.
Além disso, o sistema reprodutor e o imunológico também podem sofrer alterações caso uma pessoa seja exposta à grande quantidade de fumaça de queimadas.
“São alterações relacionadas a formações dos espermatozoides e qualidade genética, além de vulnerabilidade à Covid-19, tanto pela questão respiratória, quanto pelo próprio sistema imunológico”, disse Gomes.
“Estamos falando de um problema macroscópico, que muitas vezes quem mora na cidade não consegue perceber.”
(*Com informações de Raphael Florêncio, da CNN, em São Paulo)