Moderna envia dados aos EUA para dose de reforço de vacina contra a Covid-19
Estudos revelaram que terceira dose do imunizante aumentaram os anticorpos em todas as faixas etárias e contra variantes do coronavírus
A Moderna anunciou nesta quarta-feira (1º) que está enviando à Agência reguladora de medicamentos dos Estados Unidos (FDA, na sigla em inglês) uma apresentação sobre a dose de reforço de sua vacina contra a Covid-19 com 50 microgramas. A empresa ainda enviará os dados à Agência de Europeia de Medicamentos (EMA) e a outras autoridades regulatórias nos próximos dias. A vacina não é utilizada até o momento no Brasil.
“Continuamos comprometidos em nos manter à frente do vírus e acompanhar a evolução da epidemiologia do SARS-CoV-2. Continuaremos a gerar dados e compartilhar de forma transparente para apoiar governos e reguladores enquanto eles tomam decisões baseadas em evidências sobre estratégias de vacinação futuras”, diz o laboratório em nota.
O estudo da fase 2 do imunizante foi alterado para que pessoas que tomaram a segunda dose há seis meses recebam a dose de reforço. Os resultados mostram que uma dose a mais aumentou o número de anticorpos neutralizantes do coronavírus em todas as faixas etárias, principalmente em pessoas idosas com mais de 65 anos. Ainda subiram os efeitos contra as variantes da Covid-19, combatendo o vírus em 32 vezes mais na Beta, 43 vezes na Gama e 42,3 vezes na Delta.
A vacina da Moderna utiliza a técnica de RNA mensageiro (mRNA), semelhante a da Pfizer, onde o material genético sintético carrega o código genético do SARS-Cov-2 (o coronavírus) e estimula o corpo a produzir anticorpos.
A autorização de uso emergencial foi concedia em dezembro de 2020 nos EUA e recebeu aprovação em mais 50 países. O Brasil não se encontra na lista, onde apenas as vacinas Coronavac, AstraZeneca, Pfizer e Janssen possuem registro.