Gabinete de Netanyahu nega que Israel recusou todas as ofertas para estender trégua
Ambos os lados trocam acusações sobre fim do acordo; governo israelense diz que Hamas violou pausa nos combates
O Hamas disse que Israel “recusou todas as ofertas” para prolongar a trégua, em comunicado divulgado nesta sexta-feira (1°). O gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu negou essa acusação e afirmou que é “propaganda”.
“As negociações ocorreram durante toda a noite para estender a trégua, durante as quais o movimento [Hamas] se ofereceu para trocar prisioneiros e idosos, bem como para entregar os corpos dos mortos pelo bombardeio israelense”, destacou o comunicado do Hamas.
O grupo armado também afirmou que se ofereceu para devolver os corpos de Shiri, Ariel e Kfir Bibas e libertar o pai deles, Yarden. Os quatro foram sequestrados em Nir Oz, um kibutz israelense que foi devastado no ataque de 7 de outubro.
O Hamas pontuou no início desta semana que as crianças e a mãe foram mortos, mas não forneceu provas. As Forças de Defesa de Israel (FDI) disseram que estão investigando o caso.
A declaração do Hamas acusou o governo israelense de recusar as ofertas, porque já teria sido tomada a decisão de retomar os combates.
Quando solicitado para comentar as alegações do Hamas, o gabinete do primeiro-ministro israelense anunciou: “Israel não abordará relatórios baseados em propaganda vindos do Hamas”.
“Sabemos por que o Hamas violou a pausa acordada. O Gabinete de Guerra de Netanyahu definiu as duas missões. Destruir o Hamas e trazer todos os reféns de volta para casa, e continuaremos até completarmos a nossa missão”, comentou.
Os militares israelenses informaram em um comunicado anterior na manhã desta sexta-feira que haviam retomado as operações contra o Hamas depois que o grupo violou os termos do acordo existente e disparou contra Israel.