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    A pior coisa para o crescimento é inflação descontrolada, diz Campos Neto

    Presidente do BC falou em participação virtual na Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados, nesta quarta-feira (1º)

    Anna Russida CNN , Brasília

    Ao destacar que a inflação no Brasil está em nível “bastante indesejado”, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou que a autoridade monetária entende que a pior coisa para o crescimento econômica é uma inflação descontrolada.

    “O que o BC entende e passa a mensagem é que a pior coisa para crescimento é inflação descontrolada. Inflação descontrolada é um imposto perverso nas pessoas, principalmente nas de baixa renda”, disse em participação virtual na Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados, nesta quarta-feira (1º).

    “Temos uma inflação de 12 meses bastante alta, bastante indesejada, em 8,99%”, comentou ao lembrar que grandes surtos inflacionários passados aumentaram a desigualdade no Brasil.

    Ainda na avaliação dele, a inflação causa desorganização na cadeira produtiva, uma vez que dificulta o planejamento de longo prazo. “Entendemos que uma grande função de perseguir a meta é para termos crescimento estável com credibilidade e gerando confiança e planejamento de longo prazo para os investidores”, afirmou.

    O chefe da autoridade monetária ainda admitiu que alguns fatores de inflação se dissiparam por tempo maior do que o esperado pelo BC. “Alguns fatores de ruptura de cadeias que achamos que eram temporários se mostraram mais persistentes do que imaginamos. Mas o BC vai perseguir a meta e está olhando com muito cuidado todas as movimentações”, reforçou.

    Campos Neto destacou que a queda de 0,1% no Produto Interno Bruto (PIB) do segundo semestre veio abaixo do esperado pelo mercado, embora dentro da expectativa do Banco Central. “Com isso, a gente vai revisar o número para 2021 um pouco para baixo, mas ainda dentro do imaginado. É importante crescermos o máximo possível e criar um ambiente favorável de credibilidade e negócios a medida que avançamos com a reforma e com a mensagem de credibilidade”, comentou.