Setembro começa com riscos se acumulando sobre a economia
Energia cada dia mais cara, inflação, precatórios, orçamento federal, bolsa família. Não está difícil explicar porque o mercado brasileiro parece a frequência cardíaca de um sedentário fazendo prova de corrida
Não é difícil entender porque o mercado brasileiro parece ter a frequência cardíaca de um sedentário fazendo prova de corrida. São tantos temas, mas, entre os principais, temos a energia elétrica cada vez mais cara, o orçamento federal, a questão da dívida dos precatórios, a reforma tributária, o Bolsa Família e, sem esquecer, claro, a inflação.
O Ibovespa termina o mês com queda de 2,5%. O ano também virou para o negativo – de novo – com perda de 0,2%. Mais da metade das ações negociadas na b3 tiveram perda em agosto.
O consolo vem do dólar que fechou em queda ontem, em R$ 5,17. A queda acumulada em agosto é pequena, de 0,3%, mas é queda.
Ainda sobre o mercado, as ações da Petrobras na terça-feira (31) foram impactadas por uma fala do presidente Jair Bolsonaro. A frase: “vamos começar agora a trabalhar a questão do preço dos combustíveis” foi suficiente para empurrar as ações da para baixo.
Mas o dia se agitou no final da tarde com o anúncio da Aneel de uma tarifa extra, que precisou até mesmo de uma bandeira só para ela, a bandeira tarifária escassez hídrica. Com ela, a taxa passa a ser de R$ 14,20 para casa 100 kW a mais consumido.
O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, foi em cadeia nacional de rádio e televisão para pedir que a população colabora voluntariamente com a redução do consumo, assumindo a gravidade da situação da crise hídrica. Ainda assim, o governo afasta a possibilidade de racionamento.
O orçamento federal entregue nesta terça ao Congresso também não animou. A proposta é quase uma planilha de excel, sem nenhum espaço para decisões estratégicas ou mudança em políticas públicas. A grande pergunta sobre o projeto é o que falta nele, e não sobre seus detalhes. Ou seja, falta o principal, a agenda.
Mas é importante notar que o documento incluiu os gastos com precatórios e o Bolsa Família em tamanho real – sem desconto ou sem aumento, já que não tem solução para nenhum dos dois ainda.
Para esta quarta-feira (1º), foco na divulgação do PIB do segundo trimestre. O número que falta para fechar o trimestre dos índices econômicos, após a divulgação da Pnad, do IBGE, apontando leve queda no desemprego.
Neste episódio do Abertura de Mercado, a comentarista de economia da CNN Thais Herédia ouve especialistas sobre esses receios e fala sobre os acontecimentos dentro e fora do país que impactam diretamente nossa economia.
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*Publicado por Ana Carolina Nunes