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    BTG Pactual, Weg: 10 ações recomendadas por corretoras para investir em setembro

    Ações ligadas a commodities e setor financeiro dominaram a carteira do CNN Brasil Business em um mês que deve ser desafiador para o mercado

    Leonardo Guimarãesdo CNN Business São Paulo

    O mercado acionário teve mais um mês de desafios em agosto. Com crise política, inflação, indefinição sobre precatórios e aumento da taxa básica de juros, o Ibovespa fechou em queda de 2,47% no mês passado.

    Em setembro, os desafios continuam. O mercado vai ficar de olho na conclusão do debate sobre a dívida dos precatórios, que influenciam as discussões sobre o novo Bolsa Família.

    No Fórum de Economia CNN, Fernando Honorato, economista-chefe do Bradesco, disse que o mercado vai esperar os sinais que virão de Brasília sobre responsabilidade fiscal nos próximos 90 dias para precificar os ativos brasileiros. Portanto, setembro é um mês-chave para a economia.

    Os investidores também ficarão de olho na inflação, tanto aqui como nos Estados Unidos. O avanço dos preços preocupa o mercado. O IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15) veio levemente acima das expectativas do mercado em julho. O indicador foi pressionado pelo avanço nos preços da energia elétrica em meio à crise hídrica que o Brasil vive.

    Nos Estados Unidos, os olhares são para o PCE (Índice de Preços de Gastos com Consumo), que é a principal referência do Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA) quando o assunto é preço aos consumidores. O presidente do Fed disse no simpósio de Jackson Hole que a autarquia vê o avanço da inflação como algo temporário.

    A carteira

    Nesse cenário, o CNN Brasil Business ouviu casas de análises para indicar boas opções de rentabilidade. As empresas recomendaram ações ligadas a commodities e setor financeiro.

    Para chegar a esta lista, Santander, Toro Investimentos, Guide, Genial Investimentos, Órama, Investmind, Nu Invest e XP sugeriram 10 papéis cada, com peso de 10%.

    Vale

    Ação: VALE3

    Comentário: Henrique Esteter, analista da Guide Investimentos

    Temos uma visão construtiva para a Vale. Ressaltamos o foco da gestão no controle de custos, além da contínua redução de capex e endividamento. Além disso, os preços de minério continuam em patamares elevados (fruto da menor oferta no mercado), enquanto a empresa negocia a múltiplos descontados.

    Alguns triggers são: a forte valorização do minério no mercado internacional; a maior demanda da China por minério de maior qualidade; melhorias operacionais, reflexo da forte redução de custo caixa, que deverão compensar efeitos negativos e queda de produção e a diversificação geográfica no Brasil bem verticalizada, contando com capacidade de transporte e remessa própria.

    Avaliamos a entrada em Vale nesse momento a patamares interessantes, negociada com desconto em relação aos pares australianos.

    BTG Pactual

    Ação: BPAC11

    Comentário: Rafael Panonko, analista-chefe da Toro Investimentos

    O BTG Pactual possui um portfólio diversificado de produtos e serviços e uma estratégia que consegue atender diversas linhas de negócios e diferentes classes. O crescimento da adesão de novos clientes à plataforma BTG+ e o nível de adaptação do banco às possíveis mudanças de mercado reforçam ainda mais a nossa tese de compra do ativo.

    Um ponto importante é a estratégia do BTG em aumentar sua participação no Banco Pan, fazendo com que a empresa aumente sua exposição à classe média, enquanto o BTG foca nas classes A e B. Esse movimento deve trazer resultados significativos nos números da companhia.

    Itaú

    Ação: ITUB4

    Comentário: Henrique Esteter, analista da Guide Investimentos

    O Itaú Unibanco reportou um resultado em linha com consenso, com um forte aumento em relação ao ano passado, apesar da fraca base comparativa de 2020. Os principais motivos para a alta foram em virtude de sua maior participação na frente digital, além de um aumento na receita com tarifas, gestão de ativos e bom momento do mercado de capitais. O banco ainda revisou o seu guidance para cima, com aumento em sua carteira de crédito previsto para este ano.

    Vemos um cenário positivo para a expansão de crédito no segundo semestre, com destaque para os segmentos de pessoas físicas e PMEs. Devemos ver ainda um avanço nas receitas de serviços, com destaque para cartões, apesar da maior competição no setor.

    Ressaltamos que o setor passa por diversos desafios: como maior concorrência, com novos entrantes no setor, desde fintechs à bancos digitais; o Open Banking, que forçaria os bancos a disponibilizarem informações, quando solicitada pelo cliente, o que pode afetar uma das principais barreiras de entrada e CSLL de bancos subindo de 20% para 25% aprovada em julho.

    Olhando para frente, alguns triggers que sustentam nossa recomendação: o Banco Central aprovou cisão de participação na XP, destravando valor com a distribuição das ações da plataforma para os atuais acionistas e a perspectiva de manutenção de dividendos em patamares atrativos e possíveis aquisições, visto que o banco possui um ótimo histórico de M&A.

    Petrobras

    Ação: PETR4

    Comentário: Lucas Marins, analista de equities da Investmind

    Enxergamos o investimento em Petrobras com otimismo. Acreditamos que as ações estejam bastante descontadas em relação ao preço-alvo que encontramos em nosso modelo. Porém, importante ressaltar que a tese de investimentos da Petrobras possui diversos riscos.

    Nosso cenário base é de manutenção dos três pilares que sustentam a tese: foco no segmento de E&P no Pré-Sal; a venda de ativos não essenciais e a manutenção da política de preço de combustíveis.

    A companhia segue no ritmo de redução do endividamento, com indicador dívida líquida/Ebitda saindo de 5,11x em 2015 para 1,49x no segundo trimestre deste ano e com a dívida bruta em US$ 64 bilhões, bem próximo do nível que dispara a política de dividendos.

    A forte geração de caixa do trimestre aliada com a queda no endividamento levou a antecipação de dividendos, com distribuição de R$ 31 bilhões, equivalente a um yield de 9% no dia da divulgação.

    Chegamos a um preço alvo para Petrobras de R$ 36 por ação, o que sugere um potencial de valorização de cerca de 32%. Além disso, se fizermos uma análise por múltiplo EV/Ebitda, vemos que a Petrobras está muito descontada em relação à sua média histórica, praticamente no mesmo patamar visto durante a derrocada do mercado no crash do Covid, em 2020.

    Weg

    Ação: WEGE3

    Comentário: Equipe de Research da XP Investimentos

    Vemos a empresa bem posicionada para continuar entregando fortes resultados operacionais, com a retomada de investimentos globais e portfólio altamente diversificado suportando um sólido crescimento de receita no curto prazo.

    Além disso, dada a exposição da companhia a diversos mercados, acreditamos que riscos políticos num âmbito doméstico podem ser compensados por uma maior relevância de mercados externos (aproximadamente 55% da receita advinda de mercados fora do Brasil).

    B3

    Ação: B3SA3

    Comentário: Equipe da Nu Invest

    No ano passado, o mercado de capital no Brasil passou por um momento inédito que combinou volatilidade gerada pelas incertezas que acompanham a crise atual a um cenário de taxas de juros em patamares historicamente baixos. Tal dinâmica teve como efeito uma busca por parte dos investidores, principalmente os locais, por diversificação de seus portfólios, além dos tradicionais títulos públicos.

    A B3 é a única bolsa de valores, mercadorias e futuros que opera no Brasil e é a maior depositária de títulos de renda fixa na América Latina, reinando sozinha em um mercado de grande potencial de crescimento.

    Apesar do ativo trabalhar próximo a uma importante faixa de preço onde o número de compradores deveria ser maior que vendedores, a dificuldade em recuperar os preços é grande. Se persistir em trabalhar nos níveis atuais ou abaixo do ativo tem possibilidade de ser retirado da carteira.

    Totvs

    Ação: TOTS3

    Comentário: Equipe da Nu Invest

    Estamos vivenciando uma nova era digital movida pelo advento de novas tecnologias disruptivas e profundas transformações nos comportamentos dos indivíduos, que passam a consumir os produtos e serviços de uma forma diferente, e das organizações, que são desafiadas a revalidarem seus próprios modelos de negócio.

    Neste contexto, transformação é a palavra que melhor resume o momento pelo qual a Totvs e todas as demais empresas, sejam elas grandes ou pequenas, pertencentes ou não ao mundo de tecnologia, estão passando ou irão passar.

    Nossa tese é reforçada em alguns pilares da companhia como: posição de liderança e marca forte; plataforma de distribuição eficiente no Brasil e em mais de 40 países atendendo clientes de todos os portes; portfólio amplo, diverso e flexível; modelo de negócios com histórico de crescimento e rentabilidade; histórico de aquisições; time executivo qualificado e experiente e forte governança corporativa.

    Multiplan

    Ação: MULT3

    Comentário: Equipe de Research da XP Investimentos

    Apesar da melhora operacional durante o segundo trimestre deste ano após a reabertura dos shoppings, a alta acelerada na inflação e a consequente revisão na velocidade e magnitude do ciclo de aperto monetário levou o mercado a precificar juros reais de longo prazo maiores nas últimas semanas. Como consequência desse efeito macroeconômico adverso, as ações das operadoras de shoppings foram negativamente impactadas no último mês.

    No entanto, mantemos a nossa visão positiva para Multiplan, pois vemos o seu portfólio premium potencialmente se recuperando mais rápido que shoppings orientados para clientes de média e média-baixa renda.

    Klabin

    Ação: KLBN11

    Comentário: Henrique Esteter, analista da Guide Investimentos

    No cenário atual, a empresa tem se beneficiado em todos os seus segmentos: embalagem para alimentos e bebidas, tissue (papel higiênico e lenços de papel), e caixas de papelão para transporte dos produtos no e-commerce. Os volumes crescentes nas vendas, tanto de papel quanto de celulose, demonstram este cenário positivo.

    O resultado de Klabin no segundo trimestre deste ano foi positivo para a companhia. Ela segue operando em sua capacidade máxima de produção e com isso novos avanços na receita dependem de uma melhora nos preços da celulose e do início do Projeto Puma II.

    Em todo caso, a boa disciplina de custos e despesas e alta geração da caixa da companhia nos deixa confortáveis com a trajetória do case. Avaliamos que a Klabin deve continuar a apresentar bons resultados, especialmente nos próximos trimestres com o Projeto Puma II, e a manutenção dos preços da celulose em níveis rentáveis.

    Por fim, a Klabin adquiriu recentemente o negócio de papéis para embalagens e papelão ondulado da International Paper, o que reforça o compromisso da companhia com o setor de embalagens e também com a geração de valor para seus acionistas. O outro foco para o ano de 2021 é o projeto Puma II, que iniciou sua operação na última semana de agosto, e que tornará a Klabin a terceira maior vendedora de Kraftliner no mundo.

    Rede D’Or

    Ação: RDOR3

    Comentário: Equipe de Research da XP Investimentos

    Vemos a performance positiva no mês como consequência dos fortes resultados divulgados para o segundo trimestre deste ano, com crescimento de receita sustentado por melhores números de leitos operacionais e taxa de ocupação – indicadores que devem manter os níveis saudáveis neste segundo semestre de 2021.

    Além disso, a empresa mantém a agenda ativa de M&As, com 1.637 leitos adquiridos desde outubro de 2020. Mantemos o nome em nossa carteira dada a boa perspectiva para a empresa no segundo semestre, inclusive em um cenário de aumento de casos Covid devido à variante Delta, que pode pressionar outros setores.

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