Manifesto de empresários sobre harmonia é movimento político importante
Publicação de manifesto solicitando a harmonia entre os Três Poderes foi prorrogada com o objetivo de permitir novas adesões
O presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, disse à CNN que a publicação de manifesto solicitando a harmonia entre os Três Poderes foi prorrogada com o objetivo de permitir novas participações. Até o momento, o manifesto teve 200 adesões de membros do setor empresarial. Os analistas da CNN Raquel Landim, Caio Junqueira e Thais Arbex destacam que a manifestação dos setores que movimentam a economia podem ter um peso importante no cenário político.
A analista Thais Arbex destacou que Paulo Skaf já teve participação importante em episódios marcantes da política brasileira, como o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, por exemplo, quando posicionou no prédio da Fiesp o pato amarelo que foi símbolo do movimento contra a petista.
Arbex reitera que Skaf, considerado Bolsonarista anteriormente, faz com esse documento um movimento para a terceira via nas eleições de 2022, possivelmente para o candidato do PSD de Gilberto Kassab. E que por trás do manifesto há um movimento político bastante importante.
Raquel Landim afirmou que o setor do agronegócio já se posicionou, divulgando uma nota em defesa da democracia. Para a analista, o setor agroindustrial não depende do governo, diferente de demais setores da economia.
Landim disse em análise no Jornal da CNN que não atribuiria tanto peso a Paulo Skaf, lembrando que ele disse que organizaria essa iniciativa, depois recuou com o adiamento do manifesto. Para a analista, o peso maior está nos setores que sustentam a economia, como os bancos.
Em sua análise, Caio Junqueira fez uma analogia entre o setor privado e o setor político, aproveitando o episódio do adiamento do manifesto. Para o analista, os setores se assemelham, pois, há grupos que estão dentro, mas com vergonha, e há grupos que já estão de fora, quando se trata do apoio ao governo federal.
Veja a análise completa no vídeo.