Desastre afetou comunicação e pedidos de socorro, diz brasileira sobre furacão Ida
Fenômeno enfraqueceu ligeiramente para uma tempestade de categoria 3 com ventos máximos de 200 km/h
A passagem do fenômeno Ida – que chegou a ser classificado como furacão e enfraqueceu, chegando a tempestade de categoria 3 – deixou mais de 1 milhão de pessoas sem energia elétrica nos Estados Unidos e causou uma morte até o momento. A cidade inteira de Nova Orleans ficou sem eletricidade nesse domingo (29).
A brasileira Tatiana Sofia Begault, coordenadora comunitária que vive nos EUA há dez anos, falou à CNN sobre a situação na Louisiana.
Segundo a brasileira, além dos estragos em imóveis e veículos, o Ida também comprometeu linhas de comunicação, prejudicando os pedidos de resgate. “O 911 e a polícia não têm comunicação. Estamos dependendo da comunicação por rádios”.
Sofia conta que 120 horas antes da chegada de furacões, autoridades já começam a preparar a população para o estado de emergência.
“Todo tipo de desastre tem uma preparação diferente, mas para qualquer furacão dessa magnitude, a ordem é evacuar e ficar num lugar onde não se tem janela ou contato para fora.”
Ela também destaca que, antes sair de casa, é preciso fechar as portas e janelas com madeira.
Ida é a tempestade mais forte que já atingiu a Louisiana
Ao atingir a costa como um furacão de categoria 4, de cerca de 240 km/h, o Ida é a tempestade mais forte que já atingiu a costa da Louisiana.
O furacão Ida pode ser comparado com o Laura (2020) e o furacão Last Island (1856), como um dos mais fortes a atingir a região. Louisiana se torna o primeiro estado norte-americano a registrar furacões com ventos de 240 km/h em anos consecutivos.
Um furacão de categoria 4 tem mais de 250 vezes o potencial de danos que uma tempestade de categoria 1 (120 km/h), de acordo com análises da Administração Oceânica e Atmosférica Nacional, dos Estados Unidos (NOAA, na sigla em inglês).
Os ventos mais fortes se estendem por 80 quilômetros do centro, já as tempestades tropicais se estendem por 240 quilômetros. A previsão é que o centro do furacão passe a cerca de 48 quilômetros a oeste de Nova Orleans.
(*Supervisão de Elis Franco, com informações de Gregory Lemos, Paul Murphy, Dave Hennen, Rebekah Riess, da CNN)
(Publicado por Sinara Peixoto)