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    Plano gradual de flexibilização no Rio não tem mais data para acontecer

    Variante Delta e hospitalizações frustram a primeira fase do projeto que começaria esta semana na capital

    Movimentação na orla da praia de Copacabana, no Rio de Janeiro (RJ)
    Movimentação na orla da praia de Copacabana, no Rio de Janeiro (RJ) Estadão Conteúdo

    Thayana Araújoda CNN Rio de Janeiro

    O Rio de Janeiro está sem previsão para colocar em prática o plano gradual de flexibilização das medidas restritivas contra a Covid, anunciado em julho e que começaria esta semana, mais especificamente na quinta-feira (02). A primeira etapa já teria a liberação parcial de boates e de público nos estádios, mas, por causa da variante delta e a taxa de mais de 90% dos leitos ocupados na capital, o projeto foi suspenso e ainda sem uma data certa para entrar em vigor.

    O programa, que teria três etapas progressivas pelos próximos três meses, também tinha previsão para, em sua última fase, em 15 de novembro, liberar a população do uso de máscaras em áreas livres.

    A Secretaria Municipal de Saúde do RJ desde o primeiro anúncio dessa reabertura, em julho, esclareceu que as medidas estavam condicionadas a um cenário epidemiológico favorável, mas na capital, as condições não se confirmaram. O planejamento agora é revisto pela prefeitura junto ao Comitê Científico montado para tratar de assuntos ligados à Covid-19.

    “Não (sobre a escolha de uma nova para o plano gradual no RJ). Estamos observando a evolução da transmissão. Em função do aumento recente (Delta e internações) não podemos marcar nada”, declarou Daniel Becker, mestre em Saúde Pública pela Fiocruz, já trabalhou com a OMS (Organização Mundial da Saúde) e hoje é também membro do Comitê Científico de Acompanhamento de Ações contra a Covid-19 da Prefeitura do Rio de Janeiro.

    A edição extraordinária do Boletim Observatório Covid-19 da Fiocruz desta última semana destacou que entre 15 e 21 de agosto, quanto às capitais, somente o Rio de Janeiro (96%) e Boa Vista (84%) se mantinham em nível muito crítico em relação a indicadores da pandemia.

    Na última sexta-feira (27), o Ministério da Saúde já informava que 1.573 casos da variante Delta foram identificados e notificados no Brasil e com o estado do Rio de Janeiro liderando em confirmação de casos, 511 no total, seguido por São Paulo e Tocantins, com 266.

    Confira abaixo, o plano gradual de flexibilização das medidas restritivas contra a Covid-19 que aconteceria no RJ e foi cancelado pelo aumento da variante Delta:

    Primeira etapa (02/09):

    • Eventos em ambientes abertos (com uso de máscara);
    • Autorização de público em estádios com 50% da capacidade (máscara e duas doses de vacina);
    • Autorização de público em boates, danceterias, casas de shows e festas com 50% da capacidade (uso de máscara e duas doses de vacina).

    Segunda etapa (17/10):

    • Autorização de 100% do público com vacinação completa em estádio;
    • Autorização de 100% do público com vacinação completa em boates, casas de shows e festas em áreas fechadas:

    Terceira etapa (15/11):

    • O uso de máscara seria obrigatório apenas no transporte público e em unidades de saúde das cidades do RJ e a circulação livre de pessoas, sem restrição de capacidade e distanciamento nos lugares.