Homem que matou esposa por causa do ar condicionado diz que mulher atirou primeiro
Ex-policial penal foi colocado em liberdade provisória após audiência de custódia
A defesa do ex-policial penal Cláudio Augustinho Cabral, que foi preso em flagrante na última segunda-feira (17) por ter matado a esposa após uma discussão por causa do ar condicionado diz que a mulher atirou primeiro e que ele apenas se defendeu.
O caso ocorreu em Santa Luzia (MG), cidade localizada na região metropolitana de Belo Horizonte. A vítima, Jussara Ferreira de Almeida Cabral, 53 anos, foi atingida no peito e nas costas, segundo a polícia.
A advogada Brenda Winter, que representa Cabral, diz que o homem foi atingido, enquanto dormia, por um “disparo de arma de fogo perpetrado pela esposa”. Ele recebeu um tiro de raspão no braço esquerdo.
“Após ser alvejado, em luta corporal para tomar a arma e cessar a injusta agressão, acabou ocorrendo acidentalmente um disparo que vitimou fatalmente Jussara”, diz a advogada.
“Vale ressaltar que Cláudio foi quem acionou o 190, pediu ajuda dos vizinhos e prestou socorro à vítima, mesmo estando gravemente ferido e perdendo muito sangue”, acrescentou.
Na terça-feira (28), um dia depois do crime, a Justiça de Minas Gerais concedeu liberdade provisória ao ex-policial depois de uma audiência de custódia. Para ficar solto, ele terá de cumprir medidas cautelares.
Veja o que diz a defesa
“A defesa de Cláudio Cabral, acusado de matar a esposa Jussara na data de ontem, em Santa Luzia, informa de maneira oficial que após detida análise do auto de prisão em flagrante, restou apurado neste momento preliminar, que Cláudio foi vítima, enquanto dormia, de um disparo de arma de fogo perpetrado pela esposa e que, após ser alvejado, em luta corporal para tomar a arma e cessar a injusta agressão, acabou ocorrendo acidentalmente um disparo que vitimou fatalmente Jussara. Vale ressaltar que Cláudio foi quem acionou o 190, pediu ajuda dos vizinhos e prestou socorro à vítima, mesmo estando gravemente ferido e perdendo muito sangue.
Diante do exposto, a justiça compreendeu que neste primeiro momento não há razões para que Cláudio permaneça preso e concedeu a liberdade provisória, atestando que o acusado é primário, de bons antecedentes, possui residência e trabalho fixo e não possui nenhuma anotação policial que desabone sua conduta em quase 50 anos de vida.
A decisão judicial levou em consideração que serão necessárias investigações completas, expedições de laudos e perícias para que o caso seja elucidado e que por enquanto, a prisão não é uma medida viável, uma vez que a prisão preventiva é uma exceção e não uma regra.
O caso segue para a DHPP para investigação.”
(Com informações de Thais Magalhães)