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    Recuperados da Covid-19 apresentam sequelas um ano após a infecção, diz estudo

    Um ano após a doença, cerca de metade dos pacientes ainda apresentava sintomas como falta de ar, fadiga, depressão e ansiedade

    Fisioterapia ajuda pacientes com sequelas pós-Covid
    Fisioterapia ajuda pacientes com sequelas pós-Covid Breno Esaki/Agência Saúde DF

    Lucas RochaJulyanne Jucáda CNN em São Paulo

    O entendimento sobre os aspectos clínicos da Covid-19 ainda está em construção pela comunidade médica global. A doença pode provocar uma série de sintomas que podem variar de dificuldades para respirar a impactos neurológicos e emocionais. Pesquisadores em todo o mundo buscam esclarecer os mecanismos da doença e os diferentes efeitos a curto e longo prazos.

    Um estudo publicado na revista científica The Lancet neste sábado (28) reúne resultados de uma ampla análise de pessoas recuperadas da doença. A pesquisa revela que um ano após a infecção, pacientes ainda apresentavam problemas com mobilidade, dor ou desconforto, além de ansiedade ou depressão.

    Para chegar aos resultados, os pesquisadores realizaram o acompanhamento de 1.276 pessoas que tiveram a doença e receberam alta do Hospital Jin Yin-tan, em Wuhan, na China, entre 7 de janeiro e 29 de maio de 2020.

    De acordo com a análise, 68% dos pacientes ainda apresentava pelo menos um sintoma em decorrência da Covid-19 após seis meses. Após um ano, a taxa caiu para 49%. Os pesquisadores verificaram que a falta de ar (dispneia) estava presente em 26% dos relatos aos seis meses e apresentou um leve aumento para 30% dos pacientes após um ano.

    Em relação aos impactos emocionais, o estudo revelou que após 12 meses 26% dos recuperados ainda apresentavam ansiedade ou depressão, a taxa foi um pouco superior à de 23% registrada na avaliação de seis meses.

    O estudo revelou que as mulheres tiveram uma probabilidade maior, em relação aos homens, de apresentar sequelas como fadiga ou fraqueza muscular, além de ansiedade ou depressão.

    A maior parte dos indivíduos teve uma boa recuperação física e funcional durante o acompanhamento de um ano, retornando para o trabalho e atividades de rotina. No entanto, segundo o estudo, o estado de saúde dos recuperados ainda não estava tão bom quanto o da população que não teve Covid-19, utilizada na pesquisa a título de comparação.