Grupo em Washington corre contra o tempo para coordenar evacuações afegãs
O grupo estima que ajudou cerca de 5 mil pessoas a sair — mas o tempo está se esgotando
Em uma sala de reunião no luxuoso hotel The Willard no centro de Washington, DC, um grupo de voluntários está tentando desesperadamente levar as pessoas para o aeroporto de Cabul e para aviões especialmente fretados.
Entre os que trabalharam na noite de sexta-feira (27), estão veteranos militares, o vice-embaixador da Embaixada do Afeganistão, ex-militares contratados e muito mais.
Cartazes e quadros brancos colados nas paredes listavam os portões fechados do aeroporto, informações de contato e prioridades. Uma tela mostrava um gráfico de voos fretados e seu status.
Os voluntários são liderados por Zach Van Meter, presidente da empresa de private equity New Standard Holdings. Van Meter disse que foi abordado para ajudar a tirar 3.500 órfãos de Cabul. Com suas conexões nos Emirados Árabes Unidos, Van Meter disse que eles puderam ser transportados de avião. O centro de comando que eles montaram para aquela operação no Willard rapidamente se transformou em levar o máximo de pessoas possível em voos fretados.
O grupo estima que ajudou cerca de 5 mil pessoas a sair — mas o tempo está se esgotando.
“Estamos aqui há uma semana, mas oficialmente ‘fecharemos’ à meia-noite”, disse Van Meter. “Pelo que sabemos, provavelmente não seremos capazes de mover as pessoas através os portões, mas teremos esperança. ”
Se o portão de um aeroporto se abrisse repentinamente, Van Meter disse que a sala se encheria rapidamente com dezenas de outros voluntários.
Agora, porém, o grupo está se concentrando em manter as pessoas seguras no solo, enquanto ajuda a reassentar aqueles que conseguiram sair.
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Combatente do Talibã em patrulha em Cabul na quarta-feira (18) • AP
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Guardas afegãos tentam manter a ordem enquanto centenas de pessoas se reunem em frente ao Aeroporto Internacional de Cabul, na terça-feira (17) • AP
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Afegãos em frente ao Aeroporto Internacional de Cabul na terça-feira (17) • AP
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Combatentes do Talibã em guarda em um posto próximo à Embaixada dos Estados Unidos em Cabul, na terça-feira (17) • AP
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Combatente do Talibã de guarda em posto próximo à Embaixada dos Estados Unidos, na terça-feira (17) • AP
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Combatentes do Talibã de guarda pelas ruas de Cabul na quinta-feira (19), na celebração do "Dia da Independência do Afeganistão" • AP
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Afegãos agitam uma nova bandeira que se tornou símbolo da tomada do Talibã na quinta-feira (19) • AP
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Repórter Clarissa Ward, da CNN, nas ruas de Cabul, na quinta-feira (19) • Brent Swails/CNN via AP
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Combatentes do Talibã exibem armas nas ruas de Cabul na quinta-feira (19), durante o "Dia da Independência do Afeganistão" • AP
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Combatentes do Talibã durante o "Dia da Independência do Afeganistão" na quinta-feira (19) • AP
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Combatentes do Talibã com armas de ataque dos EUA são fotografados em um desfile do "Dia da Independência do Afeganistão", na quinta-feira (19) • Taliban
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Combatentes do Talibã em patrulha pelas ruas de Cabul na sexta-feira (20) • AP
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Soldados dos Estados Unidos puxando criança durante evacuação em Cabul na sexta-feira (20) • AP
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Soldado dos Estados Unidos cumprimenta criança no Aeroporto Internacional de Cabul, durante a retirada das tropas na sexta-feira (20) • AP
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Soldados dos Estados Unidos cercam Aeroporto de Cabul durante evacuação das tropas na sexta-feira (20) • AP
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“Se não conseguirmos fazer as pessoas passarem pelos portões, será difícil para nós, pois toda a nossa premissa era fretar aeronaves, colocá-las no solo em Cabul, enchê-las e retirá-las”, disse Van Meter. “Se não podemos empurrar os voos e empurrar as pessoas para os portões, temos que nos concentrar no reassentamento.”
Enquanto conversávamos, outros voluntários recebiam telefonemas, mensagens, arranjavam transporte, casas seguras e muito mais — alguns para cidadãos americanos que diziam que ainda estavam tentando deixar o Afeganistão.
“Há muitos heróis por aí e estamos tentando tirá-los”, disse Van Meter.