Precisamos de uma cobertura maior da 2ª dose em SP, diz Paulo Menezes
À CNN, o coordenador do Comitê Científico do estado afirmou que foi identificado número crescente de casos da variante Delta no estado
Em entrevista à CNN, o coordenador do Comitê Científico de São Paulo, Paulo Menezes, disse que, antes de ampliar a dose de reforço contra a Covid-19 para toda a população, o estado precisa “conseguir a aplicação da segunda dose” para quem está com o sistema vacinal atrasado.
“Precisamos conseguir uma cobertura maior e também se trabalha no sentido de adiantar, se possível, em um mês temos cobertura de segunda dose para todo mundo com 18 anos ou mais”, completou.
Outro fator importante, de acordo com Paulo Menezes, é o avanço da variante Delta. “Ela está presente aqui na nossa população, temos identificado um número crescente de casos por essa variante, que ainda não é a maior em proporção, mas tem crescido, e é mais transmissível.
”A Delta é mais um fator para a necessidade de reforço da vacinação para os profissionais de saúde e os idosos acima de 60 anos. O governo de SP anunciou que esta aplicação vai começar a partir do dia 6 de setembro.
“São Paulo foi o estado que iniciou primeiro a vacinação em janeiro, e também avaliamos a disponibilidade de doses existentes e foi possível entender que dá para começar nesta data, para quem tomou a segunda dose há pelo menos 6 meses”, explicou.
A vacinação de reforço vai ser feita com os imunizantes que estiverem disponíveis, independentemente da que foi utilizada nas duas primeiras doses.
“Isso gera um efeito do mesmo jeito, as evidências que temos de diversos estudos apontam que o mais importante é ter esse reforço de inoculação do antígeno que aumenta a proteção contra o coronavírus.”
SP iniciará aplicação de 3ª dose em idosos
Em coletiva de imprensa no Palácio dos Bandeirantes, na quarta-feira (25), o governo de São Paulo anunciou que vai iniciar a aplicação da terceira dose da vacina contra a Covid-19 a partir de 6 de setembro para idosos com mais de 60 anos. O reforço vacinal só poderá ser feito após seis meses da aplicação da segunda dose.
Segundo o coordenador do comitê científico do governo, Paulo Menezes, a terceira dose é um “passo a mais” na proteção dos idosos neste momento em que a variante Delta se torna dominante.
“A variante Delta se espalhou, se tornou dominante. Agora, é uma passo a mais na proteção destas pessoas. Estamos vendo vários países aplicando a dose adicional. Assim, o comitê entende que é muito adequado ter essa condição também para nossa população mais vulnerável”, disse.
(Com produção de Bel Campos e colaboração de João de Mari)