Queiroga buscou aval de comitê técnico da Covid sobre dose de reforço
Especialistas foram unânimes na defesa da aplicação de uma 3ª dose para a população com mais de 70 anos
Horas antes de confirmar a aplicação de uma dose de reforço da vacina contra a Covid-19 em idosos, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, se reuniu com o grupo técnico da pasta responsável pelas ações para combater o coronavírus. O encontro aconteceu na noite desta terça-feira (24) e os especialistas da Câmara Técnica Assessora de Imunização Covid-19 (Cetai) foram unânimes na defesa da aplicação de uma 3ª dose para a população com mais de 70 anos. Durante a reunião, também ficou definido que, inicialmente, o público prioritário será aquele com o esquema vacinal completo há mais seis meses —ou seja, os que tomaram a segunda dose em março— e os imunossuprimidos.
Antes da definição do grupo prioritário para a 3ª dose, o ministério da Saúde discutiu a possibilidade de aplicar a dose de reforço em diversos grupos, mas a pasta passou a receber uma série de demandas de categorias que foram incluídas como prioritárias no Plano Nacional de Imunização no início da vacinação. Para evitar uma nova discussão sobre categorias, o ministério definiu o critério por idade.
De acordo com relatos feitos à CNN, o reforço deve ser feito prioritariamente com a Pfizer. Isso porque, segundo interlocutores junto ao ministério, o imunizante tem resultado em resposta mais efetiva em relação à variante Delta e as demais variantes que têm surgido. Pesa também o fato de o ministério ter a previsão de receber um quantitativo maior desse imunizante nos meses de setembro, outubro e novembro.
Os especialistas que participaram da reunião da Cetai disseram que os estudos mostram que os idosos tendem a ter uma queda da resposta imune maior que os mais jovens. As pesquisas têm demonstrado que à medida que o tempo passa, a capacidade da resposta imunológica desse grupo vai caindo.
O Ministério da Saúde também analisa a possibilidade de usar a vacina da Janssen na dose de reforço.