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    Gasto de brasileiros no exterior sobe 69% em julho, mas ainda não se recuperou

    Apesar da melhora, nível de consumo dos brasileiros lá fora ainda está muito abaixo do patamar pré-pandemia

    Berlim, capital da Alemanha
    Berlim, capital da Alemanha Unsplash

    Anna Russido CNN Brasil Business Brasília

    Apesar de melhorar em relação ao ano passado, as despesas de brasileiros com viagens ao exterior voltaram a registrar em julho o segundo menor valor para o mês desde 2004. O montante de US$ 452 milhões representa alta de 69,2% ante o registro do mesmo mês de 2020.

    Por outro lado, o valor é 76% menor que o gasto em viagens internacionais em julho de 2019, quando o mundo ainda não enfrentava a pandemia de Covid-19. O resultado é da nota de Setor Externo, divulgada pelo Banco Central nesta quarta-feira (25).

    O turismo mundial tem sido impactado desde março do ano passado, com o fechamento de fronteiras, a alta do dólar e a tensão econômica em meio as incertezas sobre a evolução da pandemia. Com o avanço da vacinação de diversos países, no entanto, o setor começou a demonstrar recuperação em abril e maio deste ano.

    No acumulado do ano, os US$ 2,396 bilhões em despesas de brasileiros no exterior seguem com queda de 37,6% ante o mesmo período do ano passado. Em 2020, os brasileiros a gastaram, no total, 69,3% menos com viagens internacionais do que no ano anterior.

    Na mesma linha, o turismo de estrangeiros para o Brasil também ainda não alcançou os patamares pré-pandemia. Os gastos de moradores do exterior com viagens para o país avançaram 59,2% em julho de 2021, ante mesmo mês do ano passado. No entanto, registraram queda de 37,6% em relação a julho de 2019.

    As viagens de estrangeiros ao Brasil somaram US$ 223 milhões em julho e US$ 1,503 bilhão nos sete primeiros meses de 2021.

    O desempenho da conta de serviços de viagens segue com um déficit menor ao de anos anteriores: enquanto o déficit acumulado até julho deste ano foi de US$ 893 milhões, foram registrados resultados negativos de US$ 1,769 bilhão e US$ 7,030 bilhões no mesmo período em 2020 e 2019, respectivamente.