Duterte aceita proposta de partido para concorrer à vice-presidência das Filipinas

O presidente Rodrigo Duterte aceitou o endosso do partido PDP-Laban para que ele concorra a vice-presidente nas eleições de 2022, disse o partido nesta terça-feira (24).

Em um comunicado, o PDP-Laban disse que Duterte “concordou em fazer o sacrifício e atender ao clamor do povo”.

A decisão do chefe do Executivo foi anunciada durante uma reunião com autoridades do partido na noite de segunda-feira (23).

A possível candidatura de Duterte à vice-presidência foi lançada já em maio, quando os membros do PDP-Laban adotaram uma resolução pressionando-o a concorrer ao cargo.

No início deste mês, a facção PDP-Laban liderada pelo secretário de Energia Alfonso Cusi endossou Duterte formalmente como sua aposta vice-presidencial, com o senador Bong Go sendo o porta-estandarte para as eleições do próximo ano.

Go, no entanto, disse que “ainda não está interessado” em concorrer à presidência neste momento, pois continua focado em seu trabalho na Câmara.

O antigo assessor do presidente disse anteriormente que deixaria seu destino para Duterte, assim como a filha do presidente e prefeita da cidade de Davao, Sara Duterte, que também está ponderando sobre uma candidatura presidencial.

Quem faz parte da chapa do Senado?

Enquanto isso, o PDP-Laban também revelou uma lista inicial de personalidades que farão parte de sua chapa senatorial. Eles são:

– Vice-Presidente da Câmara Rodante Marcoleta

– Secretário do DICT Gregorio Honasan

– Diretor Jurídico da Presidência Salvador Panelo

– Secretário do DOTr Arthur Tugade

– Secretário do DPWH, Mark Villar

Cusi disse que também contatou o senador Manny Pacquiao e pediu-lhe que considerasse ingressar na chapa senatorial, enfatizando que os membros darão “total apoio” ao boxeador que se tornou político.

Funcionários reagem

O presidente do Senado, Tito Sotto, que também está de olho na vice-presidência, saudou o anúncio do PDP-Laban. “É bom saber, para que não estejamos adivinhando”, disse ele em entrevista à imprensa.

Seu companheiro de chapa, o senador Ping Lacson, disse que o empreendimento não afetará a decisão de concorrer em 2022.

“Já declaramos e, neste momento, não há como voltar atrás”, disse Lacson. “Dito isso, continuamos a esperar que o eleitorado não seja influenciado pela política de entretenimento nem afetado pelo medo e pela intimidação quando escolherem os próximos líderes de nosso país.”

A coalizão de oposição Sambayan disse que a decisão de Duterte não foi surpreendente.

“Isso mostra uma clara zombaria de nossa Constituição e do processo democrático. Obviamente, isso é motivado pelo medo da responsabilização tanto do TPI (Tribunal Penal Internacional) quanto de nosso próprio sistema de justiça”, disse o grupo em um comunicado, acrescentando que a candidatura é “legal e moralmente errada”.

Texto traduzido, leia original em inglês aqui