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    Estado do Rio deve receber R$ 50 bi em 3 anos para setor de petróleo, diz Firjan

    Região é responsável pela produção de 80% do óleo brasileiro, a maior parte retirada da camada do pré-sal

    Stéfano Sallesda CNN , no Rio de Janeiro

    A sexta edição do Anuário do Petróleo no Rio aponta uma expectativa de R$ 50 bilhões de investimentos no setor, no estado, nos próximos três anos, em ações que gerariam aproximadamente 63 mil empregos. O documento é produzido pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) e sinaliza uma recuperação do setor, após um ano de queda das atividades relacionadas a petróleo e gás por conta da pandemia de Covid-19. A participação do estado na produção continua a subir e atinge 80% do petróleo brasileiro. A maior parte dele, extraído da camada do pré-sal.

    Em abril, houve pico de 2,97 milhões de barris de petróleo por dia, um patamar próximo dos 3,16 milhões diários registrados no primeiro mês do ano passado. E a perspectiva é de aumento ainda este ano, com o início das operações do FPSO Carioca previsto ainda para este mês, no campo de Sépia. A estrutura terá capacidade para produzir mais 180 mil barris diários.

    Segundo projeções da Empresa de Pesquisas Energéticas (EPE), o Brasil passará do patamar de produção de três milhões de barris diários para 5,3 milhões, com a possibilidade de exportar diariamente 3,4 milhões barris por dia. Casos essas projeções se confirmem, o país poderia se tornar um dos cinco maiores exportadores de petróleo do mundo e seria um dos que apresentariam maior crescimento de produção fora do ambiente da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep).

    O montante de investimentos esperados anima Thiago Valejo, coordenador da Divisão de Conteúdo Estratégico da Gerência de Petróleo, Gás e Naval. Ele destaca ainda uma perspectiva de ações que combinem o uso de diferentes matrizes energéticas, diante dos esforços globais para implementação da agenda ESG (traduzido do inglês, governança ambiental, social e corporativa). O documento destaca o aspecto complementar das matrizes, e ressalta que o surgimento de novas fontes não levou à extinção de outras, como o carvão, que segue utilizado.

    “Esse valor é uma projeção que fazemos com base em investimentos que foram anunciados, é um potencial. O Brasil já tem uma matriz diferente do restante do mundo, por isso, é importante olharmos para as regionalidades. O Rio tem uma diversidade de fontes, que vai da nuclear à eólica e, por isto falamos muito no conceito de integração energética. O petróleo é necessário para compor esse mix, ao lado do gás natural. São produções combinadas”, afirma Valejo.

    plataforma de petróleo
    Plataforma de Petróleo em Santos, São Paulo / Divulgação

    Uma das opções apontadas como uso complementar é o uso de energia eólica offshore, associando o uso da tecnologia para o impulsionar a revitalização de campos maduros de petróleo, como os da Bacia de Campos, no norte fluminense, ampliando sua vida útil.

    O anuário destaca a perspectiva de conclusão do gasoduto Rota 3, previsto para 2022, que levará à Unidade de Tratamento de Gás Natural (UTGN), do Polo Gas Lub (antigo Comperj), em Itaboraí. Há a expectativa de que seja construída ali uma usina termelétrica, para melhor aproveitamento deste gás, considerado por especialistas um combustível de transição energética, por ser o menos poluente entre os combustíveis de origem fóssil.

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