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    Com suspensão de Mendonça, presidente do STJ é sugerido para vaga no STF

    Nome de Humberto Martins tem o apoio tanto de senadores independentes como governistas. Bolsonaro, no entanto, já sinalizou que não pretende desistir da indicação do ex-advogado-geral da União

    Gustavo Uribe , Brasília

    Com a sinalização do presidente da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado Federal, Davi Alcolumbre (DEM-AP), de que manterá em suspenso a sabatina de André Mendonça ao STF (Supremo Tribunal Federal), um grupo de senadores tem defendido que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) troque a sua indicação para a vaga de Marco Aurélio Mello.

    Segundo relatos feitos à CNN Brasil, neste final de semana, senadores independentes e governistas fizeram chegar ao Palácio do Planalto a avaliação de que o nome do presidente do STJ (Superior Tribunal de Justiça), Humberto Martins, teria apoio suficiente para destravar a marcação da sabatina na CCJ e ser aprovado pelo Senado Federal, com o voto inclusive de senadores da oposição.

    De acordo com auxiliares palacianos, no entanto, Bolsonaro sinalizou que não pretende desistir da indicação de André Mendonça, mesmo diante de um impasse para a sabatina na CCJ.

    Na última sexta-feira (20), após Bolsonaro ter apresentado pedido de impeachment contra o ministro do STF Alexandre de Moraes, Alcolumbre criticou a decisão de Bolsonaro e disse que não há clima para realizar a sabatina neste momento. Como presidente da CCJ, cabe ao senador indicar um relator e marcar uma data para a sessão.

    Martins, que é alagoano e adventista, chegou a ser considerado, no início do ano, pelo presidente para a vaga. Ele conta com a simpatia do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), aliado do Palácio do Planalto, e também com parlamentares do MDB, partido com a maior bancada no Senado Federal.

    A proximidade de Martins com o relator da CPI da Pandemia, senador Renan Calheiros (MDB-AL), no entanto, levou Bolsonaro a descartar o nome. Calheiros é visto hoje como um adversário do Palácio do Planalto e um provável aliado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na campanha presidencial de 2022.

    No início do processo, de acordo com assessores governistas, Martins chegou a contar com a simpatia do senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ), mas o presidente preferiu indicar Mendonça, apelidado por Bolsonaro de “terrivelmente evangélico”.

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