Indicação é usar a mesma vacina para a 2ª dose, diz diretor do Conasems
Brasil pode enfrentar uma escassez na aplicação da segunda dose da vacina da AstraZeneca, segundo apuração da analista de economia da CNN Raquel Landim
Em entrevista à CNN neste domingo (22), o diretor do Conselho Nacional de Secretarias Municipais (Conasems) e secretário municipal de Saúde de Pirenópolis, em Goiás, Hisham Hamida, afirmou que a indicação neste momento é aplicar a mesma vacina contra a Covid-19 para a segunda dose.
“Neste momento, a gente continua indicando e preconizando a aplicação da segunda dose do mesmo imunizante, e até o momento nós não temos, devido a esse acompanhamento que é feito diariamente, essa falta do imunizante da AstraZeneca para completar esse ciclo.”
Dados do Ministério da Saúde indicam que cerca de 37 milhões de pessoas devem encerrar o ciclo vacinal em setembro, mas a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) prevê a entrega de 23,5 milhões de doses nesse período, o que representa um déficit de mais de 13 milhões de doses.
Hamida disse ainda que a falta de vacina contra o novo coronavírus é um desafio que o país tem enfrentado desde o início da pandemia.
“Com relação específica à da AstraZeneca, nós estamos fazendo um acompanhamento de forma tripartite junto ao Ministério da Saúde semanalmente, inclusive com os produtores, e a Fiocruz, no caso específico da AstraZeneca, participa”, disse ele.
“Ontem saiu uma pauta com 3,8 milhões de doses já para a segunda dose, referente a pauta que foi lançada em junho. Ou seja, teoricamente ela venceria agora no início de setembro, então já começou a distribuição para os estados e, consequentemente, para os municípios destas vacinas. Mas nós estamos acompanhando diariamente para que isso não aconteça.”