Corpo de Carlos Alberto Chaves, ex-secretário de Saúde do RJ, é cremado
Sua gestão ficou marcada pela implementação de uma nova logística de distribuição das vacinas contra a Covid-19 aos 92 municípios do estado
O corpo do ex-secretário estadual de Saúde do Rio de Janeiro, Carlos Alberto Chaves de Carvalho, foi cremado na tarde deste sábado (21), no Memorial do Carmo, no Cajú, região Central do Rio de Janeiro. Durante a despedida, três helicópteros sobrevoaram o cemitério e jogaram pétalas de rosa. O pneumologista tinha 71 anos morreu na sexta-feira (20), vítima de complicações da Covid-19. Ele se tratava da doença no Hospital Naval Marcílio Dias, no Lins de Vasconcelos, Zona Norte. Depois de deixar em maio o cargo assumido em setembro de 2020, se dedicava à área de transplantes da Secretaria de Estado de Saúde.
Chaves foi o quarto secretário de saúde do estado desde o início da pandemia. Sua gestão ficou marcada pela implementação de uma nova logística de distribuição das vacinas contra a Covid-19 aos 92 municípios do estado. Em muitas ocasiões, o então secretário, que era piloto de helicóptero, pilotava as aeronaves em direção aos destinos do interior, partindo geralmente da Coordenação Geral de Abastecimento da SES, em Niterói, Região Metropolitana.
Também durante a gestão de Chaves, foi inaugurado o Hospital Dr. Ricardo Cruz, mais conhecido como Hospital Modular de Nova Iguaçu, uma obra do Instituto de Atenção Básica e Avançada em Saúde (Iabas). A previsão era que a unidade abrisse as portas em abril de 2020, mas começou a funcionar apenas um ano depois.
O médico foi diretor de unidades de saúde do estado. Entre elas, o Hospital Estadual Getúlio Vargas, na Penha, Zona Norte do Rio de Janeiro, e Adão Pereira Nunes, em Duque de Caxias, Baixada Fluminense. Comandou ainda a Central de Regulação de Leitos e atuou também por dez anos coo supervisor do Grupo de Apoio Técnico ao Ministério Público do Rio de Janeiro. O governador Cláudio Castro lamentou a morte do ex-secretário por meio de uma nota de pesar e declarou luto oficial de três dias em todo o estado.
“Incansável na luta por salvar vidas no meio desta pandemia. Assim foi a passagem do médico Carlos Alberto Chaves à frente da Secretaria de Saúde. Por isso, é um dia extremamente triste, não só para familiares e amigos, mas para toda a população do estado do Rio de Janeiro, que se despede de um dos homens que mais lutou pela chegada e distribuição da vacina”, diz um trecho do posicionamento.