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    Vacinação de adolescentes contra Covid no Rio pode ser suspensa por falta de doses

    Calendário que começaria na segunda-feira (23) pode ser reajustado por falta de imunizantes

    Isabelle Salemeda CNN , Rio de Janeiro

    A Secretaria Municipal de Saúde aguarda uma nova remessa de vacinas contra Covid-19, a ser enviada pelo Ministério da Saúde, para confirmar o calendário de vacinação de adolescentes na próxima semana na capital fluminense. Caso contrário, a vacinação de adolescentes com comorbidades de até 17 anos, prevista para começar na segunda-feira (23) na cidade, será suspensa, segundo a secretaria.

    Está prevista a chegada de um lote de 300 mil doses para o estado de imunizantes da Pfizer e da Coronavac na noite deste sábado (21), mas a parcela destinada à capital é insuficiente para atender ao público esperado nos postos, de acordo com a pasta.

    “Se o Ministério da Saúde liberar os 8 milhões de doses que tem em estoque (para os estados), a gente pode vacinar todo mundo. Se o número for menor, vamos ter que reajustar o calendário para adolescentes com comorbidades”, informou o secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, após a reunião de secretariado da prefeitura do Rio, neste sábado (21).

    A pasta tem reiterado a importância de o Governo Federal distribuir as doses recebidas no prazo máximo de 24 a 48 horas após a liberação, para que não haja comprometimento dos calendários municipais e também solicita que se mantenha a proporcionalidade entre as vacinas enviadas e a população.

    “O Rio tem recebido menos do que isso. Mas existe a promessa de o ministro [Marcelo Queiroga] de aumentar em 5% das doses enviadas”, lembrou.

    A Procuradoria do Município do Rio reúne documentos para ajuizar uma possível ação para obter o número adequado de vacinas contra a Covid-19.

    Possível compra da Coronavac do Butantan

    Em viagem ao Rio para as prévias do PSDB, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), disse que o Ceará, o Piauí e o Espírito Santo já demonstraram interesse em adquirir a Coronavac produzida pelo Instituto Butantan, em São Paulo.

    Isso porque depois que cumprir a entrega de 100 milhões de doses ao Programa Nacional de Imunizações (PNI), o Instituto Butantan fica liberado para negociar diretamente com os estados.

    Questionado se o Rio de Janeiro pretende fazer o mesmo que os estados interessados, o secretário informou que, por enquanto, deve continuar adquirindo os imunizantes pelo PNI. “Mas, claro, se for necessário, vamos ser obrigados a discutir essa compra em nível municipal”, afirmou.

    Segundo a secretaria, por causa do avanço da variante Delta na cidade, a prioridade é vacinar o quanto antes toda a população elegível.

    A capital fluminense atingiu a marca dos 93% dos adultos imunizados essa semana. No entanto, mais de 300 mil pessoas, acima de 20 anos, que já poderiam ter tomado pelo menos a primeira dose contra a Covid-19, não compareceram aos postos, segundo dados da secretaria de saúde.

    “Temos muitos idosos que podiam ter se vacinado com duas doses. Temos 286 idosos internados que não tinham tomado nenhuma dose do imunizante”, disse Soranz.

    Na próxima segunda-feira (23), o Comitê Científico da Prefeitura se reúne para discutir a terceira dose. O secretário calcula que até meados de novembro todos os cariocas tenham tomado a segunda dose contra o coronavírus. A terceira dose também deve ser concluída para quem tem mais de 60 anos até o fim do ano.

     

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