Rodovias interditadas e cratera na rua: chuvas causam destruição no Paraná
Após outubro mais chuvoso da história do estado, temporais seguem causando danos em diversas cidades paranaenses
As chuvas volumosas registradas no Paraná nos últimos dias já deixaram uma série de danos em diversos municípios do estado. Em Maringá, uma cratera se abriu no asfalto de um cruzamento, entre as ruas Henrique Alves de Souza e Pioneira Elvira, no bairro Jardim Bertioga.
No restante do estado, rodovias foram interditadas em razão dos estragos deixados pelos temporais.
Segundo a Prefeitura de Maringá, engenheiros das secretarias de Infraestrutura e Obras Públicas foram ao local em que o buraco se abriu.
“Lá, verificaram que houve um rompimento de uma tubulação da galeria de águas pluviais, causando danos na rede de drenagem”, diz o comunicado.
A Prefeitura também informou que realizou a contratação de uma empresa especializada para execução das obras de reparo de forma emergencial. Não há registro de feridos ou óbitos em decorrência das fortes chuvas registradas em Maringá.
Bloqueios parciais
Em outras regiões do estado, bloqueios totais ou parciais estão sendo realizados em rodovias atingidas por deslizamentos de terra e rochas ou desabamentos.
Em Realeza, no sudoeste do Paraná, duas faixas da PR-281 foram liberadas hoje (24), por volta das 9h. Em nota, o governo do estado informou que o tráfego pode voltar a ser bloqueado a qualquer momento, caso novos danos sejam causados pelas chuvas.
Bloqueios parciais foram registrados em rodovias estaduais na altura dos municípios de Guarapuava, Campo Largo, União da Vitória e Rio Branco do Sul.
Até o início da tarde desta sexta-feira (24), a rodovia PR-836 e PRC-280, em União da Vitória, PR-239, em Pitanga, PR-170, em Pinhão, PR-179, em Bituruna e PR-578, em Santa Cruz de Monte Castelo seguem totalmente bloqueadas.
Recorde de chuvas em outubro
Em outubro de 2023, o Paraná registrou recorde no volume de chuva para o período. De acordo com o Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Sinepar), diversos municípios do estado registraram anomalias positivas de precipitação, isto é, quantidades de chuva maiores do que a esperada.
Na Região Metropolitana de Curitiba foram observados os maiores desvios. Na capital paranaense, o volume ultrapassou os 240%, o que significa que choveu quase duas vezes e meia mais do que a média para o mês de outubro.
Por conta dos fortes temporais, diversos municípios declararam estado de emergência. No total, 54 tiveram alguma ocorrência relacionada à chuva. Mais de 65 mil pessoas também foram afetadas de alguma maneira.
Na cidade de Cruz Machado, no sul do estado, a maior araucária do estado também acabou tombando em função dos vendavais intensos. Estimava-se que a árvore tinha mais de 750 anos de idade.
No mesmo mês, as Cataratas do Iguaçu registraram a maior vazão dos últimos anos, de 24 milhões e 200 mil litros de água por segundo. A passarela que dá acesso ao mirante da Garganta do Diabo chegou a ser interditada durante alguns dias, como medida de segurança.
*Sob supervisão de Bruno Laforé