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    Médico: ‘É desestimulante ver a flexibilização, ainda mais com a variante Delta’

    Marcos Boulos afirma que o ritmo de vacinação contra a Covid-19 'melhorou bastante', mas que a cepa originária da Índia 'preocupa muito'

    Produzido por Thiago Felix, da CNN, em São Paulo

    Não está na hora de flexibilizar as medidas de restrição, principalmente por conta da circulação da variante Delta do coronavírus. Esta é a avaliação do infectologista e professor da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), Marcos Boulos. 

    À CNN, o médico afirmou que finalmente podemos dizer que o ritmo de vacinação contra a Covid-19 “melhorou bastante”, após um atraso enorme com seu início e com falta de imunizantes. A chegada da cepa originária da Índia, entretanto, “preocupa muito”.

    “O nosso país teve um controle anárquico da pandemia, desde a fase inicial, quando precisava ter uma normatização centralizada do governo federal, com protocolos e orientações que podem ser espaçadas para todos os estados, e isso não aconteceu e cada estado fez o que quis”, avaliou Boulos.

    “E depois de um número elevadíssimo [de casos] que a gente teve em março e abril [deste ano], com início da redução de casos, as pessoas entraram em euforia, e [as autoridades] começaram a liberar num momento muito difícil. Ainda estamos com muitos casos, e agora com a Delta ocorre o risco de retroceder tudo de novo.”

    Para o infectologista e professor, é “muito desestimulante” ver as flexibilizações, com as pessoas próximas umas das outras, sem seguir os protocolos sanitários, como o uso de máscaras e o distanciamento social. Ele lembrou ainda que quanto mais intensa estiver a circulação das pessoas, mais variantes do vírus vão surgir.

    Fotos – vacinação no Brasil e no mundo